Rio: ONG critica a retirada de fotos de crianças vítimas de violência
Rio de Janeiro: ONG critica retirada de fotos de crianças vítimas de violência de relatório da Defensoria Pública
– A ONG Redes da Maré criticou veementemente a retirada de fotos de crianças vítimas de violência de um relatório da Defensoria Pública do Rio de Janeiro sobre a atuação do estado em casos de violência contra menores. A decisão, segundo a organização, obscurece a realidade vivenciada por essas crianças e dificulta a compreensão da gravidade da situação. O relatório original, divulgado em junho, continha imagens que ilustravam os impactos da violência sofrida pelas crianças, mas na versão atualizada, essas fotos foram removidas.
A Redes da Maré argumenta que a omissão das imagens prejudica a percepção pública da problemática. A organização defende que a visualização das consequências da violência infantil é fundamental para sensibilizar a população e pressionar por políticas públicas mais eficazes. A retirada das fotos, segundo a ONG, minimiza o sofrimento das crianças e dificulta a conscientização sobre a necessidade de ações urgentes para combater a violência.
A Defensoria Pública, por sua vez, ainda não se manifestou publicamente sobre os motivos que levaram à retirada das fotos do relatório. A ausência de esclarecimentos por parte da instituição alimenta as preocupações da Redes da Maré e de outros setores da sociedade civil que trabalham com a proteção de crianças e adolescentes. A ONG destaca a importância da transparência na divulgação de dados e informações sobre a violência infantil, considerando que a omissão pode contribuir para a manutenção da impunidade e a perpetuação do ciclo de violência.
O relatório da Defensoria Pública, mesmo sem as fotos, apresenta dados alarmantes sobre a situação da violência contra crianças e adolescentes no Rio de Janeiro. Embora os números específicos não sejam detalhados na reportagem da Carta Capital, a ausência das imagens que contextualizavam a realidade relatada preocupa a Redes da Maré, que reforça a necessidade de uma maior transparência e compromisso com a visibilidade da realidade enfrentada por essas vítimas. A ONG solicita que as fotos sejam reintegradas ao relatório e que a Defensoria Pública se posicione oficialmente sobre a questão. A expectativa é que a discussão pública sobre o tema force a revisão da decisão e garanta o acesso integral à informação.
A ausência de imagens, para a Redes da Maré, representa mais do que uma simples alteração estética do documento; é um ato que silencia as vozes das crianças vítimas de violência e compromete os esforços para garantir seus direitos e proteção. A ONG continuará a pressionar por mudanças e a lutar pela visibilidade da realidade da violência infantil no Rio de Janeiro.