Rio e São Paulo perderam peso na economia nacional entre 2002 e 2022, diz IBGE
Rio e São Paulo perdem peso na economia nacional, aponta IBGE
– O Rio de Janeiro e São Paulo, as duas maiores economias do país, perderam participação na riqueza nacional entre 2002 e 2022, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, divulgado nesta quinta-feira (15), mostra que a participação do Rio de Janeiro no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu de 12,5% para 9,2% no período. São Paulo, por sua vez, viu sua participação diminuir de 34,2% para 28,4%.
A perda de peso na economia nacional é atribuída, em parte, à crise econômica que atingiu o país a partir de 2014, com reflexos fortes nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A crise do petróleo, que afetou fortemente a economia fluminense, e a retração industrial paulista, um dos pilares da economia do estado, são apontados como fatores chave para a queda na participação dos dois estados.
O estudo do IBGE mostra que, apesar da perda de peso, o Rio de Janeiro e São Paulo continuam a ser os dois estados com as maiores economias do país em termos absolutos. No entanto, a perda de participação indica uma mudança na dinâmica econômica brasileira, com outros estados crescendo a taxas mais aceleradas e conquistando espaço no cenário nacional.
O estudo destaca que a participação do Nordeste no PIB brasileiro teve um crescimento expressivo no período, passando de 14,8% para 17,6%. O Centro-Oeste, impulsionado pelo agronegócio, também registrou avanços significativos, com sua participação no PIB nacional saltando de 8,5% para 11,7%.
A perda de peso de Rio de Janeiro e São Paulo, embora significativa, não significa necessariamente uma crise econômica nos estados. O estudo do IBGE aponta que a economia paulista ainda representa uma fatia importante da economia nacional e que o Rio de Janeiro está em processo de recuperação, com investimentos em áreas como o turismo e a exploração de petróleo.
A pesquisa do IBGE destaca a importância de acompanhar a evolução da economia brasileira e a necessidade de políticas públicas eficazes para garantir o desenvolvimento equilibrado do país.