Rio: 156 pessoas foram baleadas no transporte público desde 2016
Rio de Janeiro: 156 pessoas baleadas em transportes públicos desde 2016
– Em seis anos, 156 pessoas foram vítimas de disparos de arma de fogo em transportes públicos no Rio de Janeiro, de acordo com levantamento da ONG Rio de Paz. Os dados, divulgados pela organização nesta segunda-feira (12), mostram um cenário de violência crescente e insegurança nos sistemas de transporte da cidade.
O estudo, que analisou dados da imprensa e de outras fontes públicas, revela que a maioria dos casos ocorreu em ônibus (80%), seguido por trens (12%), vans (6%) e metrô (2%). Entre os anos de 2016 e 2022, houve um aumento gradual de casos, com picos em 2017, 2019 e 2021.
A organização destaca que, em 2022, foram registrados 28 casos de pessoas baleadas em transportes públicos, um número superior ao de 2021 (26). O estudo também aponta que, em 2022, a maior parte dos casos ocorreu na Zona Norte (39%), seguida da Zona Oeste (36%), Zona Sul (18%) e Centro (7%).
A presidente da ONG Rio de Paz, , ressalta que a violência nos transportes públicos é um problema que afeta toda a população, especialmente os mais vulneráveis. “Essa violência nos rouba a paz, a segurança e a dignidade. É inadmissível que as pessoas tenham medo de usar o transporte público, que é um direito fundamental”, afirma.
A ONG defende que a solução para o problema passa por investimentos em segurança pública, incluindo a criação de novas delegacias especializadas em crimes contra o transporte público, o aumento do número de policiais nas ruas e a implementação de tecnologias de monitoramento e inteligência. Além disso, a organização cobra ações para combater a criminalidade nas comunidades e reduzir a desigualdade social, fatores que contribuem para a violência urbana.
“A violência nos transportes públicos é um problema complexo e que exige ações coordenadas e eficazes de todos os setores da sociedade. É preciso que o poder público, a sociedade civil e a iniciativa privada se unam para garantir a segurança dos cidadãos e o direito de ir e vir”, conclui .