Réu pelo 8 de janeiro, coronel da PMDF é investigado por liderar suposto esquema de stalking
Coronel da PMDF réu por 8 de Janeiro é investigado por suposto esquema de stalking
Brasília, 3 de janeiro de 2025 – O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Fábio Augusto Vieira, réu pelos atos golpistas de 8 de janeiro, agora é alvo de uma investigação por supostamente liderar um esquema de perseguição e monitoramento ilegal – conhecido como stalking – contra desafetos. A investigação, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), apura se o oficial utilizou recursos da corporação para monitorar e perseguir indivíduos.
A suspeita surgiu a partir de relatos de diversas vítimas que alegam ter sido monitoradas por meio de ações de inteligência da PMDF, sem qualquer justificativa legal. As investigações apontam para a utilização de dados de localização e informações pessoais obtidas de forma ilícita. A PCDF não divulgou detalhes sobre o número de vítimas nem a extensão dos supostos atos de perseguição, limitando-se a confirmar a existência do inquérito e a participação do coronel Fábio Augusto Vieira como foco principal das apurações.
O inquérito corre em sigilo, o que dificulta o acesso a detalhes específicos das investigações. No entanto, a gravidade das acusações, somadas à já existente denúncia de participação nos eventos do 8 de janeiro, coloca o coronel em uma situação extremamente delicada. A investigação busca esclarecer se o suposto esquema de stalking teve como objetivo intimidar, ameaçar ou prejudicar as vítimas, e se houve abuso de poder e desvio de recursos públicos.
A repercussão do caso é significativa, considerando a posição de destaque de Fábio Augusto Vieira na PMDF e sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A investigação adiciona uma nova e grave camada de suspeitas sobre o coronel, que já responde a processo judicial por sua conduta no dia da invasão das sedes dos Três Poderes. O caso demonstra a necessidade de rigor na fiscalização das ações de inteligência das forças de segurança pública, especialmente em relação ao respeito aos direitos individuais e à legalidade.
A conclusão das investigações pela PCDF e a possível responsabilização do coronel Fábio Augusto Vieira são aguardadas com grande expectativa, considerando as implicações para a instituição policial e para a confiança pública nas forças de segurança. A trajetória do caso demonstra a complexidade da situação, que ultrapassa os limites de uma simples investigação policial, impactando diretamente a percepção da sociedade sobre a imparcialidade e a ética na atuação das autoridades.