Resumão diário #1256: Bolsonaro e outras 36 pessoas são indiciadas pela PF por tentativa de golpe de Estado em 2022; Cid entrega Braga Netto para não perder benefícios da delação



PF indicia Bolsonaro e mais 36 por tentativa de golpe de Estado em 2022

– A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira, 22 de novembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2022. A investigação, que durou meses, apontou indícios de participação em um plano para subverter o resultado das eleições presidenciais, que consagrou Luiz Inácio Lula da Silva como vencedor. O inquérito, conduzido pela Corte Suprema, comprova a existência de uma organização criminosa que atuou para questionar a legitimidade do processo eleitoral.

Entre os indiciados, além de Bolsonaro, estão diversos aliados e militares, cujos nomes não foram divulgados na íntegra pela reportagem do G1. A acusação abrange a suposta participação em uma reunião no dia 12 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, onde, segundo a investigação, foram articuladas ações para questionar a legitimidade das eleições. A PF detalha como os envolvidos, supostamente, planejaram descumprir o resultado das urnas e atentar contra a democracia.

Um elemento crucial para a investigação foi a delação premiada do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O depoimento de Torres colaborou para reforçar as provas já existentes contra os acusados. Adicionalmente, a colaboração de Cid Moreira, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, revelou informações cruciais sobre a tentativa de golpe. Moreira entregou o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira, para evitar a perda de benefícios concedidos pela sua delação premiada. A entrega de Braga Netto, também acusado, foi outro ponto relevante da colaboração de Cid Moreira.

A investigação da PF se baseia em provas como mensagens, depoimentos e análise de eventos relacionados ao período pós-eleitoral de 2022. Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, incitação ao crime, associação criminosa, além de outros crimes relacionados. O próximo passo é o envio do inquérito para o Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá sobre o prosseguimento do processo judicial.

A operação demonstra a determinação das autoridades em apurar os atos que ameaçaram a democracia brasileira, mostrando que a justiça busca responsabilizar aqueles que atentaram contra a ordem constitucional. O impacto desta investigação é significativo para o cenário político e jurídico brasileiro, reforçando a importância da defesa do estado democrático de direito.

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