Resposta da Meta ao governo brasileiro veio direto dos EUA e em tom mais ameno que o de Zuckerberg



Meta suaviza tom em resposta ao governo brasileiro, após pressão de Washington

Brasília, 14 de janeiro de 2025 – A resposta da Meta ao governo brasileiro, após meses de tensão por conta da regulamentação das redes sociais no país, chegou em tom mais ameno do que o esperado, indicando uma possível mudança de postura da empresa. A comunicação, segundo apuração do blog de Daniela Lima no G1, veio diretamente dos Estados Unidos e demonstra uma estratégia de apaziguamento após pressão do governo americano.

A divergência entre a Meta e o governo brasileiro se acentuou com a sanção da Lei das Fake News, que impõe pesadas multas para plataformas que não removerem conteúdos considerados ilegais. A empresa de Mark Zuckerberg, inicialmente, demonstrou resistência à lei, afirmando que a legislação brasileira poderia ferir a liberdade de expressão e afrontar a sua estrutura operacional. A postura mais rígida da Meta gerou preocupação em Washington, que busca estreitar os laços comerciais e tecnológicos com o Brasil.

Fontes do governo brasileiro confirmaram ao blog que a resposta americana, transmitida à Meta, enfatizou a importância de uma relação construtiva com Brasília. O governo americano, segundo essas fontes, argumentou que a adoção de um tom conciliador era crucial para evitar maiores atritos e preservar os investimentos da Meta no Brasil. A mensagem americana foi recebida como um sinal claro de que a pressão internacional sobre a empresa havia surtido efeito.

A resposta da Meta, por sua vez, embora não tenha recuado publicamente de suas preocupações com a lei, adotou uma linguagem menos combativa. A empresa demonstrou abertura para dialogar com o governo brasileiro e buscar soluções que conciliem a regulamentação com a liberdade de expressão, indicando uma possível disposição para negociar os termos da aplicação da Lei das Fake News. A mudança de tom é considerada significativa, pois representa uma flexibilização da posição inicial da empresa que, em conversas internas, demonstrava maior resistência à legislação.

Apesar do sinal positivo, ainda não há garantias de um acordo imediato entre a Meta e o governo brasileiro. A negociação ainda está em estágios iniciais, e a efetiva implementação da Lei das Fake News, com a participação da Meta, continua dependendo de avanços significativos nas discussões. A expectativa é que, com a mediação americana, o diálogo continue e se concretize em um entendimento que beneficie ambas as partes, evitando assim conflitos maiores no futuro.

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