Resgate em mina ilegal na África do Sul: número de corpos retirados dobra e chega a 78
JOHANESBURGO, África do Sul – O número de mortos na tragédia da mina ilegal em Cullinan, perto de Pretória, na África do Sul, dobrou. Até a manhã desta terça-feira (15/01/2025), 78 corpos foram recuperados, segundo o ministro de Mineração e Energia do país, Gwede Mantashe. A operação de resgate, iniciada após o desabamento da mina no dia 26 de dezembro de 2024, continua em andamento, com equipes de resgate trabalhando incansavelmente para encontrar sobreviventes e recuperar os corpos das vítimas.
A tragédia ocorreu em uma mina de ouro ilegal, onde os mineiros trabalham em condições precárias e perigosas, sem os devidos equipamentos de segurança. O ministro Mantashe descreveu a situação como “desoladora”, ressaltando a gravidade do desastre e a necessidade de ações mais contundentes contra a mineração ilegal no país. Inicialmente, a expectativa era que o número de vítimas fosse menor, mas o aumento expressivo no número de corpos recuperados demonstra a verdadeira magnitude da tragédia. O número de mortos mais do que dobrou em relação ao balanço anterior, evidenciando a complexidade e o risco da operação de resgate em um ambiente instável.
As autoridades sul-africanas estão enfrentando desafios significativos durante a operação, incluindo a instabilidade geológica do local e a complexidade das galerias da mina ilegal. A dificuldade em acessar as áreas afetadas pelo desabamento está prolongando o processo de resgate. Além disso, o risco para os próprios resgatadores é extremamente alto, tornando a operação ainda mais delicada e desafiadora.
O governo sul-africano prometeu investigar as causas do acidente e responsabilizar aqueles que contribuíram para a tragédia. A mineração ilegal é um problema crônico na África do Sul, com milhares de pessoas trabalhando em condições inseguras em busca de riquezas, muitas vezes arriscando suas vidas por lucros insignificantes. O incidente de Cullinan serve como um trágico alerta sobre a necessidade de combater a atividade ilegal e garantir melhores condições de trabalho para os mineiros no país. A conclusão das operações de resgate e a investigação subsequente serão cruciais para evitar tragédias semelhantes no futuro e para buscar justiça para as famílias das vítimas.