Redes sociais podem estimular o desenvolvimento de transtorno alimentar



Redes sociais: Aliadas do bem-estar ou gatilhos para transtornos alimentares?

O uso excessivo das redes sociais pode ter impactos negativos na saúde mental, incluindo o desenvolvimento de transtornos alimentares. A constatação é de um estudo divulgado no dia 12 de novembro de 2024, e alerta para a necessidade de atenção e cuidado com o consumo de conteúdo online, especialmente por adolescentes e jovens.

De acordo com a pesquisa, 70% dos jovens entre 15 e 25 anos utilizam as redes sociais diariamente, e 60% deles se sentem pressionados a ter um corpo “perfeito” por conta das imagens e mensagens que consomem online. Essa pressão, aliada à busca incessante por validação e aprovação nas redes sociais, pode levar ao desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia, bulimia e transtorno da compulsão alimentar.

“O problema é que as redes sociais criam um ambiente artificial, onde as pessoas tendem a exibir apenas o lado positivo de suas vidas”, explica a psicóloga Suzana Lyra, especialista em transtornos alimentares. “A exposição constante a imagens idealizadas de corpos e estilos de vida perfeitos pode gerar uma sensação de inadequação e frustração, levando algumas pessoas a desenvolverem comportamentos disfuncionais em relação à comida”.

A médica ressalta a importância de um consumo consciente das redes sociais e de um acompanhamento profissional em caso de sintomas como obsessão com o peso, dietas restritivas, compulsão alimentar, vômitos induzidos e prática excessiva de exercícios físicos.

“É fundamental ter uma relação saudável com a comida e com o corpo”, afirma Suzana Lyra. “A busca por uma vida equilibrada e feliz, que não se baseie em padrões estéticos impostos pela sociedade, é o caminho para a saúde mental e o bem-estar”.

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