Reclamações por ruído de obras particulares crescem quase 15 vezes em um ano na cidade de SP



Reclamações por ruído de obras particulares em SP explodem em 1363% em um ano

– O barulho de martelos, britadeiras e caminhões se tornou uma dor de cabeça para muitos moradores da capital paulista. De acordo com dados da Prefeitura de São Paulo, as reclamações por ruído excessivo provenientes de obras particulares registraram um aumento assustador de 1363% em um ano, saltando de 175 registros em novembro de 2023 para 2500 em novembro de 2024. O crescimento exponencial indica uma problemática crescente na cidade, que precisa de atenção imediata das autoridades.

A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) atribui o aumento significativo, em parte, ao aquecimento do mercado imobiliário e à retomada de obras após o período de pandemia. A alta demanda por reformas e novas construções contribuiu diretamente para o incremento de atividades geradoras de ruídos em diversos bairros da cidade. A SMUL não se manifestou a respeito de eventuais medidas para conter o crescimento das reclamações, limitando-se a apresentar os dados de novembro.

Entretanto, a alta expressiva levanta questionamentos sobre a fiscalização das obras. A Prefeitura não detalhou as ações de fiscalização realizadas no período, nem as punições aplicadas aos responsáveis por infringirem as normas de ruído. A falta de informações sobre a efetividade das medidas de controle reforça a preocupação dos moradores, que sofrem com a poluição sonora em seus lares. A imprecisão sobre o detalhamento das infrações cometidas e suas punições também impede uma análise completa da eficácia das ações da prefeitura para lidar com o problema.

Além do desconforto e da perda de qualidade de vida, o barulho excessivo de obras pode acarretar problemas de saúde, como estresse, insônia e problemas cardiovasculares. A continuidade dessa situação exige uma resposta eficaz do poder público, que deve aprimorar a fiscalização, aumentar a transparência das ações e, principalmente, garantir o direito ao sossego dos moradores da cidade de São Paulo. A falta de ações concretas e de dados precisos sobre as medidas implementadas levanta preocupações sobre a capacidade da prefeitura em lidar com esse problema que afeta diretamente a qualidade de vida dos paulistanos.

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