Rapaz é condenado a 37 anos de prisão por matar companheira após mantê-la em cárcere e sob tortura em Piracicaba
Homem é condenado a 37 anos de prisão por matar companheira em Piracicaba após mantê-la em cárcere e sob tortura
– Um homem de 31 anos foi condenado a 37 anos de prisão por matar a companheira, de 27 anos, em Piracicaba, interior de São Paulo. O crime ocorreu em 18 de julho de 2023, e o julgamento aconteceu na última quinta-feira (07/11), na 2ª Vara Criminal da cidade. O réu foi considerado culpado por homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, além de ter sido condenado por sequestro e cárcere privado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o homem manteve a companheira em cárcere privado por pelo menos 10 dias antes de matá-la. Durante esse período, ele a torturou, provocando diversos hematomas e lesões. A vítima sofreu agressões com socos, chutes e objetos, sendo também privada de alimento e água. O acusado também a forçou a ingerir bebidas alcoólicas e drogas, além de ter a ameaçado com uma arma de fogo.
A perícia médica constatou 12 lesões no corpo da vítima, que teve a morte classificada como “asfixia mecânica por estrangulamento”, sendo um dos fatores que comprovou a qualificadora do feminicídio.
Segundo a denúncia, o crime ocorreu após uma discussão do casal. O homem, em estado de fúria, teria espancado a companheira, estrangulado-a com um fio de carregador de celular e posteriormente, a enterrado no quintal da casa onde viviam, em um terreno próximo ao município de Rio das Pedras.
Durante o julgamento, o réu negou a autoria do crime, mas a investigação da Polícia Civil, com base em provas testemunhais, periciais e documentais, comprovou a sua culpabilidade.
A sentença do juiz, que acolheu integralmente a denúncia do Ministério Público, foi proferida em 07 de novembro e condenou o réu a cumprir a pena em regime fechado. A defesa do acusado ainda pode recorrer da decisão.
O crime chocou a comunidade de Piracicaba e reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher na região. O caso serve como um alerta para a necessidade de ações efetivas para combater o feminicídio e proteger as mulheres da violência doméstica.