Rapaz é condenado a 37 anos de prisão por matar companheira após mantê-la em cárcere e sob tortura em Piracicaba
Justiça condena homem a 37 anos de prisão por matar companheira em Piracicaba após mantê-la em cárcere privado e tortura
Um homem de 34 anos foi condenado a 37 anos de prisão pela morte da companheira, de 32 anos, em Piracicaba, interior de São Paulo. O crime ocorreu em março de 2023, após a vítima ser mantida em cárcere privado e torturada pelo acusado. A sentença foi proferida nesta quinta-feira (8 de novembro) pela 1ª Vara Criminal de Piracicaba.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o acusado mantinha a vítima em cárcere privado em um imóvel na cidade, onde a agrediu fisicamente e a submeteu a diversos tipos de tortura por mais de duas semanas. O homem a ameaçava com um facão e a forçava a consumir drogas.
A vítima sofreu diversas lesões graves, incluindo fraturas nos membros superiores e inferiores, além de queimaduras e outros ferimentos. Segundo o laudo pericial, a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico.
Durante o julgamento, o acusado negou a autoria do crime, alegando que a vítima teria se suicidado. No entanto, as provas apresentadas pelo Ministério Público, incluindo depoimentos de testemunhas, exames periciais e mensagens de texto, foram suficientes para comprovar a culpa do acusado.
A juíza responsável pelo caso considerou a gravidade do crime, o sofrimento da vítima e a crueldade do acusado ao condená-lo a 37 anos de prisão em regime fechado. A pena foi aplicada por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima; cárcere privado; tortura; e violência doméstica.
O caso chocou a cidade de Piracicaba e gerou grande comoção na comunidade local. A sentença condenatória foi recebida com alívio por familiares e amigos da vítima, que esperavam por justiça. O caso serve como um alerta sobre a importância da denúncia de violência doméstica e da necessidade de combater a impunidade.