Rafael Pulgão, ex-policial civil condenado por chefiar milícia, é solto no Rio
Ex-policial civil condenado por chefiar milícia no Rio é solto após 8 anos preso
O ex-policial civil Rafael Pulgão, condenado a 15 anos de prisão por chefiar uma milícia na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi solto nesta segunda-feira (4). Pulgão cumpria pena no presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, desde 2016.
A decisão de soltura foi proferida pelo desembargador Carlos Alberto Direito, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que acatou um pedido de progressão de regime para o regime semiaberto. A defesa de Pulgão argumentou que ele já cumpriu mais de um terço da pena e preencheu os requisitos para a progressão.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se posicionou contra a soltura, alegando que Pulgão ainda representava um risco à sociedade. O MPRJ afirmou que, mesmo preso, o ex-policial continuava comandando a milícia através de “telefone celular e mensagens de WhatsApp”, segundo denúncias.
Pulgão foi condenado em 2018 pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por chefiar a milícia conhecida como “Escritório do Crime”, que atuava em diversos bairros da Zona Oeste, incluindo Campo Grande, Santa Cruz, Paciência e Jaçanã. A organização criminosa era acusada de extorsão, homicídio, tráfico de drogas e outros crimes.
O ex-policial civil foi preso em 2016 em uma operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público. Na ocasião, a polícia apreendeu armas, munições, drogas e documentos que comprovavam a participação de Pulgão na milícia.
A soltura de Rafael Pulgão gerou grande repercussão no Rio de Janeiro, principalmente entre moradores da Zona Oeste, que sofrem com a violência causada pelas milícias. A decisão do desembargador Carlos Alberto Direito também foi criticada por diversas autoridades, que consideram a medida uma “afronta à justiça”.