Racismo ambiental: 60% dos estudantes de escolas que ficam em áreas de risco são negros



60% dos estudantes em escolas de áreas de risco são negros, aponta pesquisa

– Um novo estudo revela uma alarmante disparidade racial na localização de escolas em áreas de risco ambiental no Brasil. De acordo com pesquisa divulgada pela CartaCapital, 60% dos estudantes que frequentam instituições de ensino situadas em regiões com alto índice de vulnerabilidade ambiental são negros. A pesquisa, que não especifica o número total de estudantes analisados, destaca a interseção entre racismo ambiental e desigualdade educacional no país.

O dado preocupante evidencia a concentração de escolas em áreas suscetíveis a enchentes, deslizamentos de terra e outros desastres naturais, impactando desproporcionalmente a população negra. A pesquisa não detalha as metodologias utilizadas para definir “áreas de risco ambiental”, mas a constatação reforça a precarização das condições de estudo para essa parcela da população. A falta de infraestrutura adequada, a exposição a riscos e a consequente interrupção das aulas em tais áreas criam um ciclo vicioso de desigualdade, comprometendo o aprendizado e as perspectivas futuras desses estudantes.

Além da questão da localização geográfica das escolas, a pesquisa ressalta a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre a qualidade da educação oferecida nesses contextos. A falta de recursos, professores qualificados e infraestrutura adequada em escolas localizadas em áreas de risco ambiental contribui para a perpetuação das desigualdades educacionais e sociais. A precariedade dessas escolas agrava ainda mais a situação dos alunos negros, já vulneráveis devido ao racismo estrutural.

A pesquisa da CartaCapital não apresenta propostas concretas de solução, mas seus dados servem como um alerta urgente para a necessidade de políticas públicas mais eficazes que combatam o racismo ambiental e garantam o direito à educação de qualidade para todos, independente da cor da pele ou da localização geográfica da escola. O estudo aponta para a urgência de investimentos em infraestrutura escolar em áreas de risco, além da implementação de programas de inclusão e combate à desigualdade racial no sistema educacional brasileiro. A luta pela igualdade passa, inegavelmente, pela garantia de um ambiente de aprendizado seguro e justo para todos os estudantes.

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