‘Queria perguntar para eles porque foi que mataram’, diz mãe de Genivaldo Santos, morto durante abordagem da PRF em Sergipe



Dois anos após a morte de Genivaldo Santos, mãe clama por justiça

Aracaju, Sergipe – 26 de novembro de 2024 – Dois anos após a morte de Genivaldo de Jesus Santos durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe, sua mãe, Iracema Santos, renova o clamor por justiça. O caso, que chocou o país em 25 de maio de 2022, continua a gerar indignação e a luta por responsabilização dos agentes envolvidos. A dor da perda e a busca incessante por respostas ecoam na fala da matriarca, que mantém viva a lembrança do filho e a esperança de um julgamento justo.

A abordagem violenta, ocorrida em Umbaúba, Sergipe, resultou na asfixia de Genivaldo dentro de uma viatura da PRF. Imagens chocantes divulgadas na época mostraram o homem gritando por ar enquanto era contido pelos agentes. O laudo pericial apontou asfixia como causa da morte, atestando a responsabilidade dos policiais na tragédia. Segundo a mãe, a dor de perder Genivaldo é insuportável e a ausência de punição adequada para os responsáveis agrava ainda mais o sofrimento. Ela afirma que os policiais envolvidos não podem permanecer impunes. “Quero que seja feita a justiça”, declarou Iracema, demonstrando a força de sua luta pela memória do filho e pela responsabilização dos culpados.

A comoção causada pelo caso levou à abertura de um inquérito da PRF, que posteriormente indiciou quatro agentes envolvidos na abordagem. O processo, atualmente em andamento, promete trazer à luz os detalhes da ação e determinar as punições cabíveis. No entanto, a lentidão da justiça e a espera prolongada por um desfecho justo continuam a ser motivos de aflição para Iracema e seus familiares. A luta pela memória de Genivaldo e por uma reparação moral e jurídica permanece como um símbolo da busca por justiça e responsabilização em casos de violência policial no Brasil.

A luta de Iracema Santos representa não só a busca por justiça pela perda de seu filho, mas também uma luta pela transparência e responsabilização da PRF, um pedido por mudanças significativas na atuação das forças policiais e um grito contra a violência policial letal. A espera por justiça, dois anos após a morte de Genivaldo Santos, continua a ser uma provação para a família e um lembrete da importância da luta por direitos humanos e contra a impunidade no país.

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