Quem são os rebeldes que tomaram o poder na Síria?



Damasco, 8 de dezembro de 2024 – Um grupo de rebeldes sírios, autodenominado “Exército da Libertação Síria” (ELS), anunciou neste domingo a tomada do poder em Damasco, após uma ofensiva militar que durou seis meses e resultou em milhares de mortos e feridos. A ação, que começou em junho, marcou o fim do governo de Bashar al-Assad, que governou o país por mais de 20 anos. O ELS, composto por uma coalizão de grupos armados, afirma ter o controle de 80% do território sírio, incluindo as principais cidades do país.

A ofensiva, marcada por intensos combates em diversas frentes, resultou em um êxodo massivo de população civil. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 2 milhões de sírios fugiram do país desde o início da ofensiva, aumentando significativamente o número de refugiados em países vizinhos como Jordânia, Líbano e Turquia. A ONU também expressou profunda preocupação com a situação humanitária no país, alertando para a possibilidade de uma crise de fome e doenças generalizadas.

Os rebeldes do ELS são compostos por diversas facções, incluindo antigos membros do Exército Sírio Livre (ESL), grupos islâmicos moderados e tribos nômades do deserto. Apesar da diversidade, a coalizão se uniu sob a bandeira da luta contra o governo de Assad, acusando-o de ditadura, corrupção e crimes contra a humanidade. Os líderes do ELS ainda não divulgaram detalhes sobre a formação de um novo governo, mas prometeram eleições livres e justas “em um futuro próximo”. A comunidade internacional observa a situação com cautela, expressando preocupação com a fragilidade do cessar-fogo e a possibilidade de novas ondas de violência.

A tomada de Damasco marca um ponto de inflexão na guerra civil síria, que se arrastava desde 2011. Apesar do anúncio vitorioso do ELS, a situação permanece incerta, com o futuro político e social da Síria ainda indefinido. A ONU e outras organizações internacionais já iniciaram esforços para negociar uma solução pacífica, garantindo a segurança da população civil e a transição para um governo estável. A comunidade internacional aguarda ansiosamente os próximos passos do ELS, monitorando de perto a situação para evitar novos conflitos e uma crise humanitária de proporções ainda maiores.

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