Quem são os orixás do Dique do Tororó? Monumento reverencia entidades de matriz africana



Salvador, 18 de novembro de 2024 – O Dique do Tororó, cartão postal de Salvador, abriga mais do que a beleza natural da sua lagoa. Desde 2012, o espaço também se tornou palco de uma homenagem à rica cultura afro-brasileira por meio de esculturas que representam os Orixás, entidades de grande importância na religião Candomblé. Mas quem são esses Orixás representados no local e qual a importância da sua presença para a cidade?

A iniciativa, fruto de um projeto da Prefeitura de Salvador, buscou valorizar a diversidade cultural e religiosa da capital baiana. As esculturas, de autoria de Tati Moreno e Ronaldo Assis, trazem representações de Oxalá, Iemanjá, Xangô, Ogum e Oyá. Cada obra é única, carregando em si detalhes que remetem à personalidade e aos símbolos de cada Orixá, permitindo uma imersão visual na complexa mitologia yorubá.

Oxalá, representado em uma postura serena e reflexiva, é o Orixá da criação, da sabedoria e da paz. Iemanjá, a rainha do mar, é simbolizada com sua beleza e força materna. Já Xangô, o Orixá da justiça, da força e do poder, demonstra sua imponência através da escultura. A figura imponente de Ogum, Orixá da guerra, da tecnologia e do trabalho, representa a perseverança e o sucesso. Por fim, Oyá, a deusa dos ventos e das tempestades, representa a força da natureza e a transformação.

A iniciativa, além de agregar beleza estética ao Dique do Tororó, também contribui para a conscientização e valorização da cultura afro-brasileira. As esculturas se tornaram um ponto de encontro, admiração e aprendizado sobre a religiosidade afro-brasileira para moradores e turistas. A presença dos Orixás no local representa um importante reconhecimento da contribuição da cultura africana na formação da identidade cultural brasileira.

Em resumo, as esculturas dos Orixás no Dique do Tororó transcendem a sua função estética, tornando-se símbolos de resistência, representatividade e preservação da memória cultural de um povo. O projeto, que completa mais de uma década, continua a enriquecer o patrimônio cultural de Salvador, proporcionando um diálogo visual e significativo com a história e a fé de milhares de brasileiros.

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