Quem é quem no plano de assassinato que tinha Lula, Alckmin e Moraes como alvos



Brasília, 19 de novembro de 2024 – A Polícia Federal investiga a participação de militares em atos golpistas e de ameaças após a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin em um acidente aéreo na última sexta-feira. A investigação, iniciada após a repercussão de mensagens e áudios nas redes sociais, apura a participação de militares ativos e da reserva em planos para desestabilizar o governo interino, liderado pela presidente do Senado, Simone Tebet.

Segundo informações obtidas pela Polícia Federal, as mensagens e áudios revelam conversas que celebram a morte de Lula e Alckmin e incitam à violência contra os governantes. Há indícios de planejamento para tomada de prédios públicos e a formação de grupos armados. A investigação concentra-se principalmente em grupos de militares nas redes sociais que comemoraram o falecimento dos líderes e defenderam a intervenção militar. Ainda não há números precisos sobre quantos militares estão sendo investigados, mas a PF afirma estar analisando um grande volume de dados.

Entre as mensagens apreendidas, algumas expressam apoio a um golpe de Estado e demonstram a intenção de impedir a posse da presidente interina Simone Tebet. As mensagens também fazem menções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com tom ameaçador. A gravidade das mensagens preocupa as autoridades, que temem a radicalização e a possibilidade de novas ações violentas.

O Ministério da Defesa emitiu uma nota oficial se manifestando sobre as investigações, afirmando que o comportamento de eventuais militares envolvidos não representa a postura institucional das Forças Armadas brasileiras. A pasta reiterou o compromisso com a Constituição e a ordem democrática. A presidente interina, Simone Tebet, também se pronunciou sobre o caso, afirmando que a investigação deve ser conduzida com rigor e que os responsáveis serão responsabilizados.

A Polícia Federal destaca a complexidade da investigação e ressalta que o processo ainda está em estágio inicial, com a análise de um vasto material coletado. A investigação busca identificar todos os envolvidos e apurar a extensão da conspiração, com o objetivo de evitar qualquer ação que comprometa a estabilidade democrática do país. A expectativa é de que novas informações surjam nos próximos dias, à medida que a análise das provas avance.

A situação demonstra uma tensão crescente no cenário político brasileiro após a tragédia, com preocupações sobre a possibilidade de grupos extremistas buscarem se aproveitar do momento de fragilidade para promover ações que vão contra o estado democrático de direito. O desenrolar das investigações será crucial para avaliar o tamanho e o alcance dessas ameaças e para garantir a estabilidade política do país neste momento delicado.

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