Quaest: Maioria soube do desmentido, mas seguiu acreditando que o governo taxaria o Pix



Desmentido oficial não convenceu: maioria dos brasileiros seguiu acreditando em taxação do Pix, aponta Quaest

– Apesar de desmentidos oficiais, uma parcela significativa da população brasileira permaneceu convencida de que o governo federal planejava taxar as transações via Pix. É o que revela pesquisa da Quaest, divulgada nesta terça-feira, que aponta que 55% dos entrevistados acreditavam na informação falsa, mesmo após o governo negar categoricamente a possibilidade da tributação.

A pesquisa, realizada entre os dias 16 e 18 de fevereiro, ouviu 2.000 pessoas em todo o país. Os dados indicam uma preocupante disseminação de notícias falsas, mesmo diante de informações corretas e oficiais. Apesar de 61% dos entrevistados afirmarem ter tomado conhecimento do desmentido do governo, mais da metade (55%) continuou a acreditar na taxação do Pix.

A discrepância entre o conhecimento do desmentido e a persistência da crença na notícia falsa destaca a complexidade da desinformação na era digital. Segundo a Quaest, a crença na taxação do Pix se mostrou mais presente entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), atingindo 67% deste grupo. Entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o índice foi menor, com 48% acreditando na informação falsa.

A pesquisa também analisou a influência do meio de comunicação na percepção da notícia. Entre aqueles que se informaram por meio de redes sociais, 60% acreditavam na taxação. Já entre aqueles que buscaram informações em televisão, rádio ou jornais, o índice caiu para 50%.

A persistência da crença na taxação do Pix, mesmo após o desmentido oficial, levanta questionamentos sobre a eficácia das estratégias de combate à desinformação. A pesquisa da Quaest sinaliza a necessidade de um esforço conjunto para combater a disseminação de notícias falsas e promover o acesso a informações confiáveis. A capacidade de discernimento entre informações verdadeiras e falsas se mostra crucial em um cenário político cada vez mais permeado por narrativas distorcidas. Os resultados reforçam a urgência de iniciativas que promovam a educação midiática e o desenvolvimento do pensamento crítico na população.

Em conclusão, a pesquisa da Quaest evidencia a fragilidade da comunicação oficial em um contexto de disseminação massiva de desinformação. A persistência da crença na taxação do Pix, apesar dos desmentidos, mostra a necessidade de estratégias mais eficazes para combater as e fortalecer a confiança na informação factual.

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