Quaest: dois anos depois, 86% desaprovam a invasão de 8 de janeiro



Brasília, 6 de janeiro de 2025 – Uma pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira revela que a maioria dos brasileiros desaprova os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. A pesquisa, realizada entre os dias 29 e 31 de dezembro de 2024, aponta que 61% dos entrevistados reprovam as ações que culminaram na invasão do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto. Apenas 20% aprovam os atos, enquanto 19% se declararam neutros.

A pesquisa também indica um alto índice de brasileiros que acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve influência nos atos golpistas. Exatamente 50% dos entrevistados consideram que ele teve algum tipo de envolvimento, enquanto 34% acreditam que não houve influência. 16% se declararam sem opinião sobre o assunto. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A desaprovação dos atos de 8 de janeiro se mostra majoritária em todas as regiões do país, com a rejeição variando entre 54% no Norte e 67% no Sul. A pesquisa analisou ainda a percepção sobre a gravidade dos atos. 70% dos entrevistados consideram que os eventos foram muito graves, 22% consideram graves e apenas 8% acham que não foram graves.

A pesquisa Quaest ouviu 2.000 pessoas em todo o país, por meio de entrevistas telefônicas com abordagem mista (fixo e celular). A amostra foi ponderada para representar a população brasileira em termos de sexo, idade, região e renda, garantindo a representatividade dos resultados.

A divulgação desses dados ocorre em um momento político sensível, com investigações em andamento sobre os responsáveis pelos atos de vandalismo e as motivações por trás da invasão das sedes dos três poderes. Os resultados da pesquisa refletem uma ampla rejeição popular às ações de 8 de janeiro e apontam para uma percepção significativa de influência do ex-presidente Jair Bolsonaro nos eventos. A pesquisa reforça o peso da opinião pública na análise dos acontecimentos e suas implicações políticas futuras.

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