PT não serve para sacrificar a economia em nome da ortodoxia fiscal, diz Gleisi
Brasília, 21 de agosto de 2023 – A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, lançou duras críticas à ortodoxia fiscal, argumentando que o Partido dos Trabalhadores (PT) não se submeterá a políticas econômicas que sacrifiquem o desenvolvimento social em nome do equilíbrio fiscal. Em entrevista concedida nesta segunda-feira (21), a senadora paranaense afirmou que o PT tem um projeto de desenvolvimento econômico próprio, que prioriza investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura, mesmo que isso implique em um aumento da dívida pública.
Hoffmann destacou a necessidade de uma política econômica que leve em consideração as necessidades da população, e não apenas os números da economia. Segundo ela, o governo Lula já demonstra essa mudança de enfoque, com investimentos direcionados a setores estratégicos. A senadora mencionou o aumento dos recursos para o Bolsa Família, que passou de R$ 600 para R$ 600 mais R$ 150 por criança de até seis anos, como exemplo dessa nova postura.
A presidente do PT também refutou as acusações de que o partido é irresponsável com as contas públicas. Ela argumentou que o governo anterior deixou uma herança de dívida considerável, agravada por medidas de austeridade que prejudicaram a economia brasileira. “Não vamos sacrificar a população para cumprir metas fiscais irreais, impostas por um modelo econômico que já se mostrou falido”, afirmou Gleisi.
A senadora enfatizou a importância de uma política de desenvolvimento que inclua todos os brasileiros e que gere empregos e renda. Para ela, o crescimento econômico só é sustentável quando beneficia a população como um todo, e não apenas uma pequena elite. Hoffmann reforçou a disposição do PT em dialogar com diferentes setores da sociedade para construir um projeto de desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável.
Em suma, a entrevista de Gleisi Hoffmann demonstra a posição do PT em relação à política econômica do país. A legenda rejeita a austeridade fiscal como dogma e defende um modelo de desenvolvimento que priorize os investimentos sociais e o crescimento econômico inclusivo, rompendo, segundo a senadora, com o modelo de gestão econômica aplicado pelos governos anteriores. A presidente do PT sinaliza que o partido pretende seguir em frente com essa estratégia, mesmo diante das críticas e desafios inerentes à gestão pública em um cenário econômico complexo.