Projeto do criador do ChatGPT que pretende escanear a íris da população mundial chega ao Brasil



Projeto de escaneamento de íris do criador do ChatGPT chega ao Brasil

O Brasil se tornou o mais novo alvo do ambicioso projeto de mapeamento da íris global do criador do ChatGPT, Sam Altman. A iniciativa, batizada de “Iris Mundi”, visa coletar dados biométricos da população mundial, com o objetivo de “construir um futuro mais seguro e eficiente”, segundo Altman. A plataforma chegou ao país nesta terça-feira (12 de novembro), e já está disponível para download em dispositivos Android e iOS.

O projeto promete revolucionar diversos setores, desde a segurança pública, com o combate à criminalidade, até a saúde, com a identificação precisa de doenças e a personalização de tratamentos. A tecnologia, que utiliza inteligência artificial para analisar os padrões únicos da íris, garante um alto nível de precisão na identificação individual, com um índice de acerto superior a 99,9%.

“A tecnologia por trás do Iris Mundi é uma evolução da mesma inteligência artificial que alimenta o ChatGPT”, explica Altman. “Com a leitura da íris, podemos criar um sistema de identificação confiável, que pode ser usado para diversos fins, desde o acesso a serviços online até a autenticação em transações financeiras.”

O projeto, porém, tem gerado polêmica desde sua primeira versão, lançada nos Estados Unidos em abril de 2024. A coleta de dados biométricos em larga escala levanta questionamentos sobre a privacidade e a segurança da informação.

Críticos argumentam que a plataforma pode ser utilizada para fins de vigilância e controle social, além de aumentar o risco de vazamento de dados sensíveis. A ONG “Privacy International” emitiu um comunicado condenando o projeto, afirmando que ele “representa uma ameaça à liberdade individual e à democracia”.

A empresa responsável pelo Iris Mundi garante que a segurança dos dados é prioridade máxima, utilizando criptografia de ponta a ponta e armazenamento em servidores seguros. A plataforma também permite que os usuários excluam seus dados a qualquer momento.

Apesar das controvérsias, o projeto de Sam Altman avança com o apoio de diversos governos e empresas do mundo todo. Com a chegada do Iris Mundi ao Brasil, a discussão sobre os impactos da biometria e a coleta de dados em larga escala ganha ainda mais força, desafiando a sociedade a repensar a relação entre tecnologia e privacidade.

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