Proibido no Brasil, cigarro eletrônico é vendido em ruas e avenidas de Cuiabá; reportagem exclusiva flagra comércio ilegal
Cigarro eletrônico: Proibido no Brasil, mas vendido abertamente em Cuiabá
– Apesar da proibição em todo o território nacional, o comércio ilegal de cigarros eletrônicos prospera nas ruas e avenidas de Cuiabá. Uma reportagem exclusiva do G1 flagrou a venda do produto, que é considerado um risco à saúde pública, em diversos pontos da capital mato-grossense.
A reportagem, realizada em 11 de novembro de 2024, constatou a venda de cigarros eletrônicos em estabelecimentos comerciais, como lojas de conveniência e mercados, além de vendedores ambulantes em pontos de grande movimento. Em alguns casos, os produtos eram expostos abertamente, sem qualquer tipo de discrição.
A legislação brasileira proíbe a fabricação, importação, comercialização e propaganda de cigarros eletrônicos desde 2009. A Anvisa, agência reguladora de saúde, argumenta que o uso desses produtos é prejudicial à saúde, especialmente para jovens e adolescentes, devido à presença de substâncias tóxicas e à possibilidade de causar dependência à nicotina.
Apesar da proibição, o comércio ilegal de cigarros eletrônicos tem se intensificado no país. De acordo com um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o consumo de cigarros eletrônicos entre jovens brasileiros cresceu 10% nos últimos dois anos.
A reportagem do G1 questionou a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá sobre as ações de combate ao comércio ilegal de cigarros eletrônicos. A pasta respondeu que realiza ações de fiscalização e apreensão de produtos, mas reconheceu que a tarefa é complexa, devido à proliferação do comércio ilegal.
A reportagem também entrevistou especialistas em saúde pública, que alertaram sobre os riscos do uso de cigarros eletrônicos, como a dependência à nicotina, a possibilidade de desenvolver doenças respiratórias e a falta de informações sobre os efeitos a longo prazo do uso desses produtos.
A venda de cigarros eletrônicos, apesar de proibida no Brasil, segue sendo um problema crescente em Cuiabá, desafiando as autoridades e colocando em risco a saúde da população. É fundamental que ações efetivas sejam tomadas para coibir o comércio ilegal e conscientizar a população sobre os perigos do uso desses produtos.