Professores do Rio decidem manter greve mesmo após derrota na Justiça
Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2023 – Apesar da derrota na Justiça, professores da rede pública municipal do Rio de Janeiro decidiram manter a greve iniciada em 17 de julho. A decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (29), após a 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital negar o pedido de liminar que buscava garantir o direito de paralisação dos educadores. A categoria reivindica reajuste salarial de 14,65% e o pagamento de retroativos referentes ao período entre janeiro e junho de 2023.
A greve, que já dura mais de um mês, afeta milhares de alunos da rede municipal. A prefeitura do Rio alega que a proposta apresentada aos professores, de reajuste de 7% em duas parcelas, já representa o máximo possível dentro das limitações orçamentárias. O argumento do município, no entanto, não convenceu os professores, que se mantêm firmes em sua luta por melhores condições de trabalho e salários dignos. A decisão judicial, que considerou a greve ilegal por falta de prévio aviso e por afetar o direito à educação dos alunos, foi considerada injusta pela categoria.
Segundo o Sindicato Municipal dos Profissionais em Educação do Rio de Janeiro (SME-Rio), que representa os professores, a assembleia contou com a participação de centenas de educadores, que votaram majoritariamente pela continuidade da greve. A categoria demonstra grande insatisfação com a gestão municipal e afirma que a luta pela recomposição salarial e pelos direitos da classe seguirá firme, mesmo diante das adversidades judiciais.
O sindicato não descarta novas mobilizações e ações judiciais para pressionar a prefeitura a atender às suas reivindicações. A próxima etapa da mobilização ainda não foi definida, mas a expectativa é que novas decisões sejam tomadas nos próximos dias, a depender da postura da prefeitura frente às demandas dos professores. A situação permanece tensa, com a perspectiva de prolongamento da greve e consequentes impactos na educação pública da cidade.