Professores da rede pública entram em greve no PA e alegam que nova lei ameaça ensino presencial em comunidades afastadas de centros urbanos



Belém, PA – 16 de janeiro de 2025 – Professores da rede estadual de ensino do Pará iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (16). A paralisação, decidida em assembleia na última segunda-feira (14), afeta as aulas de mais de 800 mil alunos em todo o estado. A principal reivindicação da categoria é o pagamento do piso salarial nacional do magistério, definido em R$ 4.420,54. A categoria argumenta que o governo estadual não tem cumprido os acordos firmados anteriormente e que os salários atuais estão defasados.

A greve atinge todos os níveis de ensino da rede estadual, do ensino fundamental ao médio, paralisando as atividades escolares em todas as regiões do Pará. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), a adesão à greve é significativa, com a participação de um grande número de professores em todo o estado. O sindicato afirma que a decisão de entrar em greve foi tomada após meses de negociações infrutíferas com o governo do estado. A categoria alega que diversas tentativas de diálogo não obtiveram sucesso, culminando na paralisação como último recurso.

O Sintepp destaca a insatisfação com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo, considerada insuficiente para alcançar o piso nacional. Além do piso salarial, outras reivindicações da categoria incluem melhorias nas condições de trabalho, como a valorização profissional e a garantia de recursos para a educação. Representantes do sindicato informaram que estão abertos ao diálogo, mas que a greve continuará até que o governo apresente uma proposta que atenda às demandas da categoria e garanta o pagamento do piso nacional do magistério.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) ainda não se pronunciou oficialmente sobre a greve. A expectativa é que o governo se manifeste nas próximas horas para apresentar uma posição oficial sobre as reivindicações dos professores e sobre as medidas que serão tomadas para resolver o impasse. A paralisação coloca em xeque o calendário escolar do estado e gera preocupação entre pais e alunos quanto à continuidade do ano letivo. A situação exige uma solução rápida e eficaz para minimizar os impactos da greve na educação pública paraense.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *