Professor acusado de estuprar 15 alunos no Ceará é condenado a mais de 400 anos de prisão
Professor condenado a mais de 400 anos de prisão por estupro de 15 alunos no Ceará
Fortaleza, 16 de janeiro de 2025 – Um professor foi condenado a mais de 400 anos de prisão por estuprar 15 alunos em escolas de Fortaleza e Maracanaú, no Ceará. A sentença, proferida pela Justiça cearense, considerou o réu, identificado como Francisco das Chagas Silva, culpado por diversos crimes de estupro de vulnerável, ocorridos entre 2016 e 2022. A pena total ultrapassa os 400 anos de reclusão, embora a legislação brasileira preveja um limite de 30 anos para o cumprimento da pena.
A denúncia contra Francisco das Chagas Silva foi apresentada em 2022, após relatos de vítimas que, em depoimentos, detalharam os abusos sofridos. As investigações, conduzidas pela Polícia Civil do Ceará, apontaram para um padrão de comportamento criminoso do professor, que se aproveitava da relação de confiança estabelecida com os alunos para cometer os crimes. As vítimas tinham entre 11 e 14 anos na época dos fatos. De acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE), o acusado agia com violência e ameaças, impossibilitando que as crianças reagissem ou denunciassem os abusos.
O julgamento durou vários dias e contou com depoimentos de vítimas, testemunhas e apresentação de provas periciais. A defesa do réu alegou inocência, mas os argumentos não foram suficientes para convencer o juiz. A sentença condenatória considerou todas as acusações provadas, resultando na pena superior a 400 anos de reclusão em regime fechado. Apesar da extensa pena imposta, a legislação brasileira prevê que o tempo máximo de cumprimento será de 30 anos, conforme determina o artigo 75 do Código Penal.
A condenação de Francisco das Chagas Silva representa um importante precedente para casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes no estado. A sentença demonstra a seriedade com que a Justiça está tratando esses crimes e envia uma mensagem clara de que tais atos não ficarão impunes. O MPCE e a Polícia Civil do Ceará comemoraram a decisão e reiteraram seu compromisso em combater a violência sexual contra menores. O caso serve como alerta sobre a importância da denúncia e da conscientização para proteger crianças e adolescentes de situações de abuso. Para as vítimas e suas famílias, a condenação representa um passo importante na busca por justiça e reparação pelos danos sofridos.