Proclamação da República: como foi a última festa de arromba da monarquia, regada a champanhe, foie gras e música até o sol raiar
A Última Farra da Monarquia: Champanhe, Foie Gras e Música até o Sol Raiarem na Véspera da Proclamação da República
No dia 14 de novembro de 1889, enquanto o Brasil se preparava para a iminente proclamação da República, a elite imperial se entregava a uma última e memorável festa na capital, Rio de Janeiro. A noite, que ficou para a história como a última grande festa da monarquia, foi regada a champanhe, foie gras e música, com a aristocracia brasileira celebrando o que seria o fim de um regime que durou 67 anos.
O baile, que aconteceu no Palácio de São Cristóvão, residência oficial da família imperial, reuniu cerca de 1.500 convidados, entre membros da alta sociedade, políticos e embaixadores de diversos países. A atmosfera era de euforia e despreocupação, com os presentes ignorando os sinais de que a monarquia se encontrava em seus últimos momentos.
A música, que tocou até o sol raiar, era de autoria do maestro italiano Pietro Mascagni, e o cardápio incluia iguarias finas como foie gras, caviar e frutos do mar, além de vinhos e champanhe importados. A decoração era rica e luxuosa, com flores e lustres de cristal, e a noite se encerrou com um show de fogos de artifício, que iluminou o céu carioca.
A festa, no entanto, teve um fim abrupto. As primeiras notícias da proclamação da República chegaram ao palácio pouco antes do amanhecer, espalhando o pânico entre os convidados. O Imperador Dom Pedro II, que ainda não havia se pronunciado sobre a situação, recebeu a notícia com resignação, mas sem perder a compostura.
A última noite da monarquia brasileira ficou marcada por uma mistura de alegria e drama, com a elite imperial se entregando à última farra enquanto o Brasil se preparava para uma nova era. A história, porém, recorda a festa como um último suspiro de um regime que se encaminhava para o fim, sob um véu de champanhe, foie gras e música.