Prints mostram que consultoria que atende via WhatsApp recomendou médico de SP a mulher que morreu em hidrolipo
Consultoria via WhatsApp recomendada por médico é investigada após morte em hidrolipoclasia em São Paulo
São Paulo, 29 de novembro de 2024 – A morte de uma mulher após um procedimento de hidrolipoclasia em São Paulo reacendeu o debate sobre a segurança de procedimentos estéticos e a responsabilidade de profissionais que os indicam. Prints de conversas de WhatsApp obtidos pelo G1 revelam que uma consultoria online, que atende pacientes por meio da plataforma, recomendou o médico responsável pelo procedimento à vítima. Agora, a atuação da consultoria está sob investigação.
A paciente, cuja identidade não foi divulgada pela reportagem, faleceu após complicações decorrentes da hidrolipoclasia realizada em uma clínica na capital paulista. Ainda não há informações públicas sobre a causa específica da morte, mas a investigação policial está em andamento para apurar as circunstâncias do ocorrido e a responsabilidade envolvida.
As conversas de WhatsApp mostram uma série de mensagens entre a paciente e a consultoria, na qual a profissional, cuja identidade também não foi divulgada, recomendou o médico que realizou o procedimento. A reportagem do G1 teve acesso aos prints que mostram a recomendação explícita da consultoria, apontando o médico como uma opção para o procedimento desejado pela paciente.
A assessoria de imprensa do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou que a investigação preliminar sobre o caso já foi iniciada e que o processo corre em sigilo. A assessoria não forneceu detalhes adicionais sobre as etapas da investigação ou o prazo para conclusão. O Conselho Regional de Medicina irá apurar se houve alguma conduta irregular por parte do médico que realizou o procedimento e da consultoria que o indicou.
A divulgação dos prints das conversas de WhatsApp levanta preocupações sobre a falta de regulamentação e fiscalização de consultorias online que atuam na intermediação de procedimentos estéticos. A facilidade de acesso a essas plataformas, muitas vezes sem a devida verificação da qualificação dos profissionais indicados, expõe os pacientes a riscos desnecessários.
O caso evidencia a necessidade de maior transparência e controle sobre a atuação dessas consultorias, bem como a importância da busca por informações confiáveis e profissionais qualificados antes da realização de qualquer procedimento estético. A investigação em andamento é crucial para elucidar os fatos e garantir que medidas sejam tomadas para prevenir novas tragédias. A conclusão das investigações, tanto do Cremesp quanto da polícia, deverá determinar as responsabilidades e possíveis sanções aos envolvidos.