Prévia da inflação de novembro sobe 0,62%, puxada por forte alta nos alimentos



São Paulo, 15 de novembro de 2023 – A prévia da inflação de novembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou alta de 0,62%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. O resultado ficou acima da expectativa do mercado, que projetava uma variação de 0,58%, e representa uma aceleração em relação à taxa de 0,51% observada em outubro. O principal responsável por esse aumento foi o grupo de alimentos, que apresentou um crescimento significativo.

O impacto dos alimentos na inflação de novembro foi considerável. O grupo de alimentação e bebidas subiu 1,28%, a maior taxa para o mês desde 2015, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços de itens como carnes (2,50%), leite (3,46%), ovos (8,02%) e arroz (1,59%). A alta nos preços de alimentos reflete uma combinação de fatores, incluindo a persistência da seca em algumas regiões produtoras e a alta demanda, que impactam diretamente o custo dos produtos para o consumidor.

Além dos alimentos, outros grupos também contribuíram para a alta do IPCA-15. O grupo de transportes registrou aumento de 0,42%, impulsionado principalmente pelo preço da gasolina (0,76%). Já o grupo de habitação apresentou variação de 0,24%, enquanto os itens de vestuário subiram 0,11%. Por outro lado, os grupos de comunicação (-0,11%) e saúde e cuidados pessoais (-0,01%) apresentaram quedas em seus preços.

A aceleração da inflação em novembro acende um alerta para o controle dos preços e reforça a preocupação com a inflação acumulada no ano. Com o resultado de 0,62% em novembro, o IPCA-15 acumula alta de 4,68% em 2023 e de 5,54% nos últimos 12 meses. Analistas do mercado financeiro monitoram atentamente a evolução dos preços, especialmente dos alimentos, para avaliar o impacto na inflação oficial de novembro, que será divulgada no início de dezembro. A perspectiva é de que a pressão inflacionária continue presente nos próximos meses, exigindo atenção das autoridades econômicas. A alta nos preços dos alimentos, em especial, demanda medidas para garantir o abastecimento e conter os impactos sobre a população de menor renda.

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