Presidente da Síria denuncia tentativa de ‘redesenhar’ o mapa do Oriente Médio após ofensiva rebelde
Assad acusa potências estrangeiras de trama para redesenhar o mapa do Oriente Médio após ofensiva rebelde na Síria
Damasco, 28 de julho de 2023 – O presidente sírio, Bashar al-Assad, acusou potências estrangeiras de orquestrarem uma tentativa de redesenhar o mapa do Oriente Médio, aproveitando-se da recente ofensiva rebelde no noroeste do país. Em entrevista à televisão estatal síria, Assad afirmou que a ofensiva, lançada por grupos armados, demonstra a existência de uma conspiração internacional para fragmentar a Síria e a região. Ele não nomeou especificamente quais países estariam envolvidos, mas enfatizou a coordenação entre os grupos rebeldes e seus apoiadores estrangeiros.
A ofensiva, segundo o presidente, visa enfraquecer a Síria e criar um vácuo de poder que poderia ser explorado por potências estrangeiras com interesses na região. Assad argumentou que a escala e a coordenação dos ataques demonstram um planejamento sofisticado, além da capacidade dos grupos rebeldes. Ele destacou a entrega de armas e equipamentos militares aos grupos opositores como evidência da interferência externa, sem fornecer detalhes adicionais sobre a natureza ou origem desse suprimento.
A entrevista de Assad ocorre após semanas de intensos combates no noroeste da Síria, região majoritariamente controlada por grupos rebeldes. Embora não tenha fornecido números precisos sobre perdas, o presidente destacou o número significativo de combatentes rebeldes mortos e a perda de territórios para as forças governamentais. Ele descreveu a ofensiva como uma ameaça não apenas à soberania síria, mas também à estabilidade regional, alegando que os grupos rebeldes, com o apoio externo, buscam criar um caldeirão de conflitos que se espalharia para além das fronteiras do país.
O presidente também aproveitou a ocasião para reiterar seu chamado à comunidade internacional para que tome uma posição firme contra o que ele chamou de “agressão estrangeira” e para que se abstenha de apoiar os grupos armados que buscam minar a integridade territorial da Síria. Assad destacou que a luta contra o terrorismo e a preservação da unidade nacional são prioridades para o governo sírio, e que o país continuará a resistir a todas as tentativas de interferência externa.
Em conclusão, a declaração de Assad representa uma grave acusação contra potências estrangeiras, sem citar nomes, acusando-as de conspiração para desestabilizar a Síria e redesenhar a geopolítica do Oriente Médio. A entrevista serve como um alerta sobre a persistência do conflito na região e sobre a percepção do governo sírio de uma trama internacional por trás da recente ofensiva rebelde. A falta de detalhes específicos, no entanto, deixa margem para diversas interpretações e futuras investigações sobre as alegações apresentadas pelo presidente.