Presidente da Coreia do Sul impõe lei marcial no país



Coreia do Sul sob estado de emergência: Presidente Yoon Suk Yeol decreta lei marcial em meio a protestos

– Em uma decisão inédita nas últimas décadas, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou lei marcial em todo o país nesta quinta-feira, 26 de outubro. A medida, justificada pelo governo como necessária para conter protestos violentos e generalizados contra a reforma da previdência, gerou preocupação internacional e mergulhou o país em um clima de incerteza.

A decisão, anunciada em um pronunciamento televisivo às 18h (horário local), segue uma série de manifestações que tomaram as ruas de Seul e outras grandes cidades nos últimos dias. Segundo informações oficiais, mais de 100 mil pessoas participaram dos protestos, muitos deles resultando em confrontos com a polícia. Os protestos, marcados por atos de vandalismo e confrontos diretos com as forças de segurança, teriam, de acordo com dados oficiais do governo, deixado mais de 150 policiais feridos. A gravidade dos incidentes, que incluíram incêndios em prédios públicos e a destruição de patrimônio, levaram o governo a adotar a medida extrema.

O decreto de lei marcial confere poderes extraordinários às forças armadas, permitindo-lhes, de acordo com o comunicado oficial, intervir diretamente na manutenção da ordem pública. Isso significa que o controle civil sobre as operações policiais e militares é, pelo menos temporariamente, suspenso. A mobilização das tropas se concentra, segundo informações divulgadas, nas principais cidades do país, com reforço do policiamento ostensivo em áreas consideradas estratégicas.

Embora o governo afirme que a medida visa assegurar a segurança nacional e proteger a população, a oposição critica duramente a decisão, alegando que se trata de um abuso de poder e um ato de repressão à liberdade de expressão. Diversas organizações internacionais de direitos humanos já se manifestaram, expressando preocupação com o possível agravamento da situação e pedindo o respeito aos direitos fundamentais da população. Os críticos temem que o decreto de lei marcial sirva como pretexto para o governo sufocar a oposição e restringir ainda mais as liberdades civis.

A duração do estado de emergência ainda não foi definida pelo governo. A situação permanece tensa e a comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos na Coreia do Sul, aguardando maiores esclarecimentos sobre a estratégia do governo para solucionar a crise e garantir o retorno à normalidade. As próximas horas serão cruciais para determinar a efetividade da medida e suas consequências para o futuro político e social do país.

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