Presidente da Câmara de SP defende salário de R$ 26 mil e criação de vale-refeição de R$ 1.859: ‘Tem vereador que precisa desse dinheiro’



São Paulo, 17 de dezembro de 2024 – A Câmara Municipal de São Paulo está em polêmica após o presidente da casa, Milton Leite (DEM), defender um aumento significativo nos salários dos vereadores, propondo um valor de R$ 26 mil mensais. A proposta, que gerou indignação entre parte da população, inclui ainda a criação de um vale-refeição no valor de R$ 1.859. A justificativa apresentada por Leite é a necessidade de equiparar os rendimentos dos parlamentares paulistanos aos de outras capitais brasileiras.

A proposta de aumento salarial representa um acréscimo considerável em relação aos atuais R$ 15.031,70 recebidos pelos vereadores. O projeto de lei que prevê a mudança já foi protocolado e aguarda análise nas comissões da Câmara. Além do aumento, o projeto também inclui o benefício do vale-refeição, que, segundo Leite, visa assegurar melhores condições de trabalho para os vereadores.

A defesa do aumento gerou reações diversas. Enquanto o presidente da Câmara argumenta que o reajuste é necessário para atrair profissionais qualificados para o cargo e garantir a independência do Legislativo, críticos apontam a discrepância entre os vencimentos propostos e a realidade socioeconômica da maioria da população paulistana. A oposição questiona a necessidade do aumento em um momento de crise financeira e de cortes em diversas áreas essenciais da cidade.

A polêmica se intensificou com a declaração de um vereador, cujo nome não foi divulgado na reportagem, que afirmou necessitar do dinheiro extra. A declaração, embora não explicitamente endossando a proposta, evidencia a percepção de alguns parlamentares sobre a necessidade de aumento de seus rendimentos. A declaração serve como contraponto à argumentação de que o aumento visaria unicamente a atrair novos talentos.

A discussão sobre o aumento dos salários dos vereadores de São Paulo promete acirrar os debates políticos nos próximos dias. A aprovação do projeto de lei depende da votação dos demais vereadores e da análise das comissões da Câmara Municipal. A população acompanha atentamente o desenrolar da situação, aguardando a decisão final sobre um tema que se tornou foco de grande controvérsia na cidade.

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