Prefeitura de SP vai fechar hospital interditado pela Vigilância Sanitária; unidade era referência para atender população de rua
Hospital referência para população de rua em São Paulo será fechado após interdição da Vigilância Sanitária
– O Hospital Santa Cruz, referência no atendimento à população em situação de rua na capital paulista, será fechado após ser interditado pela Vigilância Sanitária de São Paulo. A decisão foi tomada após uma série de irregularidades encontradas na unidade, incluindo problemas estruturais, falta de equipamentos e de profissionais.
De acordo com a Vigilância Sanitária, a unidade apresentava diversos problemas que colocavam em risco a saúde dos pacientes, como infiltrações, falta de ventilação e iluminação inadequada. Além disso, o hospital também não possuía equipamentos básicos, como respiradores e desfibrilador, e enfrentava falta de profissionais de saúde, especialmente médicos.
A interdição foi realizada no dia 10 de novembro e o hospital terá que realizar as correções necessárias para garantir a segurança dos pacientes antes de ser reaberto. A Prefeitura de São Paulo, responsável pela gestão do hospital, ainda não se manifestou sobre a interdição e as medidas que serão tomadas para garantir o atendimento à população de rua.
A situação do Hospital Santa Cruz é preocupante, pois a unidade era o único hospital público da cidade especializado no atendimento a essa população. De acordo com o último censo realizado pela Prefeitura, existem cerca de 15 mil pessoas em situação de rua em São Paulo.
A falta de acesso à saúde é um dos principais problemas enfrentados por essa população. A maioria dos moradores de rua recorre aos serviços de saúde pública apenas em casos de urgência e emergência, e muitos não conseguem receber o tratamento adequado devido à falta de estrutura e de profissionais qualificados.
A interdição do Hospital Santa Cruz coloca em risco a saúde de milhares de pessoas que dependem da unidade para ter acesso a serviços de saúde básicos. É fundamental que a Prefeitura de São Paulo tome medidas urgentes para garantir que essa população continue a ter acesso à assistência médica de qualidade.