Prefeitura de SP envia à Câmara projeto de lei que propõe derrubada de 10 mil árvores para ampliar aterro sanitário
São Paulo, 25 de novembro de 2024 – A Prefeitura de São Paulo encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que prevê a derrubada de 10 mil árvores para a ampliação do aterro sanitário de São Paulo. A proposta, que gerou polêmica entre ambientalistas e moradores, justifica a medida como necessária para garantir a capacidade de recebimento de resíduos sólidos da cidade até 2028.
O projeto prevê a supressão de vegetação em uma área de 100 hectares, localizada na região do aterro sanitário, para a expansão da área de disposição de lixo. A prefeitura argumenta que a ampliação é crucial para atender à demanda crescente de espaço para o descarte de resíduos, garantindo o funcionamento adequado do sistema de coleta e destinação de lixo da capital paulista. O prazo estimado para a conclusão da obra é de 18 meses.
Entretanto, a proposta enfrenta forte resistência de grupos ambientalistas que criticam a falta de alternativas apresentadas pela prefeitura para minimizar o impacto ambiental da derrubada de um número tão expressivo de árvores. Organizações não governamentais e movimentos sociais questionam a necessidade da ampliação do aterro, defendendo investimentos em outras soluções para a gestão de resíduos, como a compostagem, a reciclagem e a redução na geração de lixo.
Ainda não há uma data definida para a votação do projeto na Câmara Municipal. A expectativa é de que o projeto seja amplamente debatido, com audiências públicas e discussões acaloradas envolvendo representantes da prefeitura, vereadores, ambientalistas e a população. A prefeitura afirma que irá apresentar um plano de reflorestamento, porém, detalhes sobre a quantidade de árvores a serem plantadas e o local do plantio ainda não foram divulgados.
A polêmica gerada pela proposta destaca o dilema entre a necessidade de garantir o manejo adequado de resíduos sólidos em uma grande metrópole e a preservação do meio ambiente. A aprovação ou rejeição do projeto pela Câmara Municipal terá um impacto significativo no futuro da gestão de resíduos e na paisagem urbana da cidade de São Paulo.