Prédio onde vivem mais de 100 famílias é desocupado no Rio



Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2023 – Mais de 100 famílias foram despejadas na manhã desta quinta-feira (24) de um prédio na Rua Assis Brasil, no bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A ação, realizada por agentes da prefeitura, deixou moradores em situação de rua e gerou protestos de ativistas e representantes das famílias atingidas. O edifício, que abrigava aproximadamente 120 famílias, foi desocupado pela força policial, com o apoio de agentes da Guarda Municipal e da Polícia Militar.

Segundo relatos de moradores e ativistas presentes, a desocupação ocorreu de forma abrupta, sem aviso prévio ou um plano de realocação das famílias. Testemunhas afirmam que a ação gerou pânico e confusão, com idosos, crianças e pessoas com deficiência sendo retiradas do local sem o mínimo de consideração. A maioria das famílias, segundo a reportagem da CartaCapital, não possuía documentos que comprovassem a sua residência no edifício. A falta de um plano de assistência social prévio gerou indignação entre os moradores e defensores de direitos humanos. Muitos se encontram agora sem moradia e sem perspectivas imediatas de onde irão morar.

A prefeitura do Rio de Janeiro ainda não se manifestou oficialmente sobre a desocupação, e não foram apresentadas justificativas para a ação. A ausência de comunicação prévia e de um plano de realocação levanta questões sobre a legalidade e a responsabilidade social da operação. A situação expõe a vulnerabilidade das famílias de baixa renda na cidade, e a falta de políticas públicas eficazes que garantam o direito à moradia digna.

A reportagem da CartaCapital destaca a preocupação com a situação dessas mais de 100 famílias que agora se encontram sem teto e sem assistência adequada. A ação gerou um clima tenso no bairro, com moradores indignados e ativistas cobrando explicações e soluções urgentes para a grave situação humanitária causada pela desocupação. A falta de informações oficiais e a ausência de um plano de reassentamento geram incertezas sobre o futuro dessas famílias, deixando uma mancha na questão de políticas habitacionais na cidade do Rio de Janeiro.

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