Preço da carne sobe com o aumento das exportações e a redução da oferta
Preço da carne dispara com aumento das exportações e redução da oferta
– O consumidor brasileiro está sentindo no bolso o aumento do preço da carne, que disparou nos últimos meses. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da carne bovina subiu 10,5% em setembro, comparado ao mesmo período do ano passado. A alta também é observada na carne de frango, com um crescimento de 5,8%. Os principais fatores por trás dessa escalada de preços são o aumento das exportações e a redução da oferta no mercado interno.
A demanda internacional por carne brasileira continua forte, impulsionada pela crise da gripe aviária na Europa e nos Estados Unidos, que reduziu a produção de carne de frango e abriu espaço para as exportações brasileiras. Com o aumento da demanda externa, os produtores estão direcionando mais animais para o mercado internacional, diminuindo a oferta no mercado interno e elevando os preços.
Além da maior demanda internacional, a redução da oferta interna também está relacionada à seca que atingiu o país nos últimos meses. O período de estiagem impactou diretamente a produção de pasto e a criação de animais, levando a um menor número de animais disponíveis para abate.
A alta no preço da carne preocupa os consumidores, que já enfrentam dificuldades com a inflação. A situação também preocupa o governo, que busca medidas para conter a escalada dos preços e garantir o acesso da população à proteína animal.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que o governo está monitorando a situação de perto e que tomará medidas para garantir o abastecimento do mercado interno e conter a alta dos preços. Ela destacou que o governo está trabalhando para estimular a produção interna e aumentar a oferta de carne no mercado, com foco em ações como a redução de impostos e a liberação de crédito para o setor.
Apesar das medidas anunciadas pelo governo, o futuro do preço da carne ainda é incerto. A demanda internacional continua forte, e a seca que atingiu o país pode levar a um período de recuperação mais lento da produção. Em suma, o consumidor brasileiro deve se preparar para enfrentar preços elevados da carne nos próximos meses.