Preço da carne sobe 20,8% em 2024 e tem maior alta em 5 anos; entenda o que aconteceu e se vai baixar
Preço da carne dispara em 2024, com alta de até 15% em alguns cortes
– O ano de 2024 foi marcado por um significativo aumento no preço da carne bovina no Brasil. De acordo com dados divulgados hoje, alguns cortes chegaram a registrar alta de até 15%, impactando diretamente o consumidor brasileiro e o setor de alimentação. A disparada nos preços preocupa especialistas e acende o alerta para a inflação, que já vinha apresentando sinais de crescimento.
O principal fator apontado para a elevação dos preços foi a redução do rebanho bovino no país. A diminuição no número de animais disponíveis para abate, combinada com o aumento da demanda interna e externa, criou um cenário de escassez que impulsionou os valores praticados nos frigoríficos e, consequentemente, nos açougues e supermercados. A seca prolongada em algumas regiões também contribuiu para o aumento dos custos de produção, encarecendo a carne para o consumidor final.
Embora o aumento tenha sido generalizado, a variação percentual nos preços diferiu conforme o corte. Enquanto alguns cortes registraram aumentos mais significativos, chegando próximos aos 15%, outros apresentaram alta em torno de 5%. Essa discrepância se deve a fatores como a maior ou menor demanda por cada tipo de carne, além da variação no custo de produção de cada um deles. A Associação Brasileira de Frigoríficos (ABIF) ainda não se manifestou oficialmente sobre os dados, mas especialistas do setor afirmam estar monitorando a situação de perto.
O impacto do aumento no preço da carne é sentido em diversas áreas da economia. O setor alimentício, por exemplo, precisa absorver os custos mais elevados, o que pode levar ao reajuste de preços em outros produtos. Além disso, a alta afeta o poder de compra das famílias brasileiras, principalmente as de baixa renda, que dedicam uma parcela significativa do orçamento à alimentação.
A situação exige atenção por parte do governo e do setor produtivo. Medidas para estimular a produção e garantir o abastecimento do mercado são consideradas fundamentais para controlar a inflação e evitar impactos ainda maiores sobre a população. A perspectiva para os próximos meses ainda é incerta, e o acompanhamento próximo da evolução dos preços da carne é crucial para a tomada de decisões eficazes.