Postura de Trump na pauta ambiental pode fazer Brasil dialogar individualmente com estados dos EUA



Brasília, 21 de janeiro de 2025 – A possibilidade de uma vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana de 2024 está levando o governo brasileiro a considerar uma estratégia alternativa nas negociações sobre meio ambiente. A preocupação central reside na postura de Trump em relação às questões climáticas, notoriamente contrária aos esforços globais de combate às mudanças climáticas. Caso o ex-presidente retorne ao poder, o Brasil avalia a possibilidade de intensificar o diálogo diretamente com os estados americanos, buscando parcerias e acordos que ultrapassem a instabilidade da política ambiental federal norte-americana.

Segundo fontes do governo brasileiro, a estratégia de engajamento individual com os estados americanos surge como uma alternativa para garantir a continuidade de projetos e investimentos ambientais. A ideia é buscar acordos bilaterais, contornando a eventual resistência de uma administração Trump a compromissos internacionais. Estados americanos, como a Califórnia, já demonstram compromissos ambiciosos com a sustentabilidade e a redução das emissões de gases de efeito estufa, o que os torna potenciais parceiros para o Brasil.

A incerteza em torno da política ambiental americana sob um eventual governo Trump gera receios no Brasil, principalmente em relação ao financiamento de projetos de preservação da Amazônia e ao cumprimento de acordos internacionais sobre clima. A dependência de recursos e parcerias internacionais para o desenvolvimento sustentável no Brasil justifica a busca por alternativas que minimizem os riscos de uma eventual mudança brusca na política climática americana.

A estratégia de aproximação com os estados americanos, no entanto, não substitui a importância das negociações com o governo federal dos EUA. O governo brasileiro ressalta que manterá o diálogo em nível federal, buscando influenciar a política ambiental americana, mesmo em um cenário de vitória de Trump. Entretanto, a busca por acordos diretos com os estados americanos representa um importante plano B, garantindo uma maior segurança e flexibilidade na implementação de políticas de preservação ambiental.

Em suma, a antecipação de possíveis cenários futuros impulsiona o Brasil a explorar novas alternativas de cooperação internacional em questões ambientais. A possibilidade de um diálogo mais próximo com os estados americanos demonstra a busca por estratégias resilientes para garantir a preservação ambiental, mesmo diante das incertezas da política externa norte-americana. O governo brasileiro continuará monitorando a situação política nos EUA e ajustando suas estratégias conforme necessário.

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