Por mês, cerca de 200 animais silvestres morrem na BR-262 vítimas de colisões veiculares



Campo Grande, MS – 22 de janeiro de 2025 – A rodovia BR-262, em Mato Grosso do Sul, tornou-se um cenário sombrio para a fauna local. Dados alarmantes revelam que, em média, 200 animais silvestres morrem por mês vítimas de colisões com veículos naquela via. O número representa uma grave ameaça à biodiversidade da região e exige medidas urgentes de proteção.

A informação foi divulgada pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) de Campo Grande, que atende aos animais feridos ou encontrados mortos na rodovia. Segundo o órgão, a BR-262 concentra o maior número de acidentes com animais silvestres em todo o estado. As colisões resultam em mortes e ferimentos graves, exigindo um esforço considerável do CRAS para o resgate e tratamento dos sobreviventes. A falta de corredores ecológicos e a proximidade da rodovia com áreas de preservação ambiental são apontados como fatores que contribuem para o alto índice de atropelamentos.

A maioria das vítimas são animais de pequeno e médio porte, como roedores, marsupiais e algumas espécies de aves. Entretanto, o CRAS também registra casos de colisões com animais maiores, como capivaras e veados, que acarretam danos mais significativos aos veículos e riscos para os motoristas.

A situação exige não apenas a conscientização dos motoristas quanto à necessidade de dirigir com cautela e atenção redobrada nas áreas próximas às matas, mas também a implementação de medidas estruturais para mitigar os riscos. Projetos de corredores ecológicos, passagens subterrâneas para animais e sinalização adequada são exemplos de ações que podem reduzir significativamente o número de atropelamentos. O CRAS, contudo, não detalhou quais ações estão sendo tomadas ou planejadas em parceria com os órgãos competentes para solucionar o problema.

A realidade da BR-262 demonstra a urgente necessidade de um olhar mais atento para a preservação da fauna silvestre em regiões próximas a rodovias de grande fluxo. A perda mensal de 200 animais representa um impacto ambiental significativo e um alerta para a implementação de políticas públicas mais efetivas na proteção da biodiversidade de Mato Grosso do Sul. A ausência de informações sobre ações governamentais para reduzir os impactos desse problema deixa uma lacuna preocupante para o futuro da fauna local.

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