Poluição do ar por incêndios está ligada a 1,5 milhão de mortes anuais



São Paulo, 18 de agosto de 2023 – A poluição do ar causada por incêndios florestais é responsável por aproximadamente 15 milhões de mortes prematuras a cada ano, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica The Lancet Planetary Health. A pesquisa, que analisou dados de 2010 a 2019, revela a dimensão alarmante da crise e destaca a urgente necessidade de ações globais para combater as mudanças climáticas e a degradação ambiental.

O estudo, realizado por uma equipe internacional de pesquisadores, utilizou modelos sofisticados para estimar o impacto da exposição à fumaça de incêndios na saúde global. Os resultados mostram que a poluição do ar relacionada a incêndios contribui significativamente para o aumento de doenças cardíacas, respiratórias e outras condições de saúde graves. A África e a Ásia do Sul foram identificadas como as regiões mais afetadas, sofrendo o impacto de mais de 70% das mortes atribuídas à exposição. A América Latina e o Caribe também demonstram um cenário preocupante.

O estudo também destaca a desigualdade no impacto da poluição por incêndios. As populações de baixa renda e países em desenvolvimento são desproporcionalmente afetadas, muitas vezes por viverem em áreas de maior risco de incêndios e com menos acesso a cuidados de saúde. A pesquisa enfatiza a necessidade de políticas públicas que reduzam as emissões de poluentes e melhorem a qualidade do ar, com foco na prevenção de incêndios, manejo florestal sustentável e investimento em sistemas de saúde mais robustos.

A equipe de pesquisadores sublinha a relação direta entre a intensificação dos incêndios e as mudanças climáticas, alertando para a necessidade de uma ação global imediata e coordenada para mitigar as emissões de gases de efeito estufa e frear o aquecimento global. Além disso, o estudo chama a atenção para a importância da cooperação internacional no desenvolvimento de estratégias eficazes para prevenção e combate a incêndios, compartilhamento de tecnologias e apoio a países vulneráveis.

Concluindo, os alarmantes 15 milhões de mortes anuais atribuídas à poluição do ar por incêndios, segundo a pesquisa publicada na The Lancet Planetary Health, reforçam a gravidade da crise climática e ambiental. A urgência em implementar políticas públicas efetivas, tanto para mitigar as mudanças climáticas quanto para melhorar a qualidade do ar, é inquestionável para a proteção da saúde pública global e a preservação do meio ambiente.

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