Policiais acusados de matar jovem baleado por engano consideraram adulterar arma para tentar dificultar perícia
Policiais acusados de matar jovem por engano cogitaram adulterar arma, diz investigação
Fortaleza, CE – 09 de dezembro de 2024 – A investigação sobre a morte de um jovem baleado por engano por policiais militares em Fortaleza, Ceará, revelou um novo e grave detalhe: os agentes envolvidos cogitaram adulterar a arma utilizada no crime para dificultar a perícia. A informação consta no inquérito policial, que aponta indícios de que os militares planejaram manipular a prova para prejudicar as investigações.
O jovem, ainda não identificado publicamente no texto da reportagem, foi atingido por disparos de arma de fogo na noite do dia 07 de dezembro, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas. O inquérito indica que os policiais alegaram ter agido em legítima defesa, mas testemunhas apresentaram versões conflitantes. A investigação apurou que o jovem foi confundido com um criminoso, o que levou ao uso indevido da força letal.
Além da discussão sobre a legítima defesa, a investigação detalha a tentativa de adulteração da arma. Segundo o inquérito, os policiais chegaram a discutir a possibilidade de modificar a arma para dificultar a análise balística e a comprovação de sua participação no crime. Felizmente, esse plano não foi executado, mas revela a gravidade da situação e a potencial intenção de obstruir a justiça.
A Polícia Militar do Ceará (PMCE) já se manifestou sobre o caso, afirmando estar colaborando integralmente com as investigações e que as medidas administrativas cabíveis serão tomadas contra os policiais envolvidos, caso sejam comprovadas as acusações. A corporação reiterou seu compromisso com a transparência e o respeito aos direitos humanos.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Ceará, que trabalha para esclarecer todos os fatos e responsabilizar os envolvidos. O inquérito segue em andamento e novas informações devem ser divulgadas em breve. A família do jovem assassinado busca justiça e apela por uma investigação completa e imparcial. A repercussão do caso é grande, gerando discussões sobre a violência policial e a necessidade de maior treinamento e controle da atuação das forças de segurança. A conclusão do inquérito é aguardada com expectativa pela sociedade cearense.