Polícia investiga destino final de 800 toneladas de carnes estragadas nas enchentes no RS que foram revendidas
Porto Alegre, 23 de janeiro de 2025 – As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2023 deixaram um rastro de destruição e prejuízos, mas um dos problemas mais preocupantes agora está na mira da polícia: o destino final de toneladas de carne estragada. A investigação, iniciada pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), busca apurar se a carne, considerada imprópria para o consumo, foi descartada adequadamente ou se seguiu para outros destinos, representando um risco à saúde pública.
A ação policial se concentra na região atingida pelas fortes chuvas, onde inúmeros frigoríficos e estabelecimentos comerciais tiveram suas instalações alagadas. A suspeita é que a grande quantidade de carne danificada, que não pôde ser comercializada devido à deterioração causada pela inundação, tenha sido desviada para o mercado informal ou mesmo descartada de forma irregular. A Decon busca esclarecer se houve omissão por parte das empresas, na comunicação das perdas e na destinação final do produto.
De acordo com as informações preliminares da investigação, a quantidade de carne estragada é significativa, embora o número preciso ainda não tenha sido divulgado. O trabalho policial envolve a análise de documentos fiscais e registros de empresas do ramo, além de entrevistas com representantes de frigoríficos, comerciantes e autoridades locais. O objetivo é identificar eventuais irregularidades e responsabilizar os envolvidos.
A preocupação com a saúde pública é central na investigação. A ingestão de carne em decomposição pode causar diversas doenças graves, e a polícia trabalha para impedir que esse produto chegue à população. Além da investigação criminal, a Decon também colabora com a vigilância sanitária para garantir a segurança alimentar e evitar novos casos.
A investigação ainda está em andamento, e novos detalhes devem ser divulgados em breve. A Decon espera concluir o inquérito o mais rápido possível, para que os responsáveis sejam responsabilizados e se evite novas ocorrências. A população é orientada a denunciar qualquer suspeita de comercialização de produtos impróprios para consumo. A segurança alimentar é uma prioridade e qualquer ato que coloque a saúde da população em risco será apurado rigorosamente.