Polícia Civil de SP pede prisão de PM que matou estudante de medicina com tiro à queima-roupa
Polícia Civil de SP pede prisão de PM que matou estudante de medicina com tiro à queima-roupa
São Paulo – 07/01/2025 – A Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva do policial militar que matou a estudante de medicina Giovanna Grassi, de 26 anos, com um tiro à queima-roupa na noite do dia 31 de dezembro de 2024, em frente a um prédio na Rua João Ramalho, no bairro de Perdizes, zona oeste da capital. O pedido de prisão foi feito após a conclusão do inquérito que investiga o caso, ocorrido durante uma discussão entre o policial e um grupo de amigos da vítima.
Segundo o inquérito, o PM, identificado como Michel dos Santos, estava de folga e embriagado quando atirou em Giovanna. Testemunhas relataram que o policial discutiu com o grupo por causa de uma vaga de estacionamento. Após a discussão, o PM sacou sua arma e disparou contra a estudante, atingindo-a no peito. Giovanna chegou a ser socorrida e levada ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu ao ferimento.
A Polícia Civil concluiu que o disparo foi feito à queima-roupa e não houve qualquer tipo de ameaça por parte do grupo de amigos da vítima que justificasse a reação do policial militar. O laudo pericial confirmou a versão apresentada pelas testemunhas, que apontaram o policial como o único responsável pelo disparo que resultou na morte da jovem. As investigações ainda apuram se o PM portava sua arma de forma regular, fora de seu horário de serviço, e em estado de embriaguez. O inquérito foi concluído na última sexta-feira, dia 03 de janeiro de 2025, e encaminhado ao Ministério Público para que o caso seja analisado e encaminhado ao Poder Judiciário.
A família de Giovanna Grassi acompanhou de perto as investigações e cobra justiça pela morte da estudante. Em entrevista à imprensa, os familiares manifestaram seu desejo de que o policial seja responsabilizado pelo crime e punido de acordo com a lei. O caso gerou comoção na sociedade paulista e reacendeu o debate sobre a violência policial e o uso de armas de fogo por policiais fora do serviço. A Polícia Militar ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido de prisão do PM envolvido no caso. A expectativa agora é pela decisão da Justiça sobre o pedido de prisão preventiva, que poderá definir o rumo das investigações e o futuro do policial militar.