PMs que escoltavam empresário morto em aeroporto são identificados e afastados; celulares foram apreendidos



PMs que escoltavam empresário jurado de morte pelo PCC têm celulares apreendidos em São Paulo

– Policiais militares que faziam a escolta de um empresário ameaçado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) tiveram seus celulares apreendidos nesta sexta-feira (9) em São Paulo. A ação ocorreu após a Polícia Civil receber informações sobre o possível envolvimento dos agentes com a organização criminosa.

De acordo com as investigações, os PMs estariam em contato com criminosos do PCC, fornecendo informações privilegiadas sobre a movimentação do empresário. As suspeitas começaram após a prisão de um traficante ligado ao PCC, que afirmou ter acesso a informações sobre o empresário, inclusive sobre a rota da sua escolta, através de policiais militares.

A apreensão dos celulares dos policiais ocorreu durante a Operação “Blindagem”, deflagrada pela Polícia Civil com o objetivo de desmantelar uma célula do PCC especializada em crimes de extorsão e ameaças. Durante a operação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em endereços ligados à organização criminosa, incluindo a casa dos PMs.

Segundo o delegado responsável pela investigação, a suspeita é que os policiais estariam utilizando os celulares para passar informações sobre a localização do empresário para o PCC, em troca de dinheiro. Os PMs, que estão lotados no Batalhão de Choque, foram afastados das funções e estão sob investigação.

O empresário, que não teve sua identidade revelada, é dono de uma grande empresa do ramo de construção civil e vinha sofrendo ameaças de morte do PCC há alguns meses. Em setembro deste ano, ele foi alvo de uma tentativa de sequestro, mas conseguiu escapar. Desde então, ele estava sob escolta policial.

A apreensão dos celulares dos PMs é um forte indício de que a organização criminosa pode ter infiltrado membros em órgãos de segurança pública. As investigações sobre o caso continuam em andamento, com o objetivo de determinar o nível de envolvimento dos policiais com o PCC e identificar outros possíveis integrantes da organização criminosa que atuam dentro das forças policiais.

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