PM que executou jovem pelas costas em frente a mercado em SP fez tratamento psicológico após ser reprovado em concurso
PM que executou jovem pelas costas em frente a mercado em SP fez tratamento psicológico após ser reprovado em concurso
São Paulo, 11 de dezembro de 2024 – Um policial militar foi preso em flagrante na terça-feira (10) após executar um jovem de 20 anos pelas costas em frente a um mercado na zona leste de São Paulo. O crime, que chocou a população, ganhou ainda mais repercussão com a revelação de que o agente, identificado como Michel dos Santos, havia passado por tratamento psicológico após ser reprovado em um concurso público.
Segundo informações da Polícia Militar, o crime ocorreu por volta das 17h30, na Rua José Bonifácio, no bairro de Itaquera. Testemunhas relataram que a vítima, não identificada, estava em frente ao estabelecimento comercial quando foi abordada pelo policial. Sem qualquer tipo de aviso prévio, Santos sacou sua arma e efetuou um disparo pelas costas do rapaz, que morreu no local.
A motivação do crime ainda é investigada. Imagens de câmeras de segurança, que estão sendo analisadas pelas autoridades, devem fornecer mais detalhes sobre a dinâmica do ocorrido e se houve ou não algum tipo de confronto prévio. A arma do policial foi apreendida e será periciada.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou a prisão em flagrante do policial militar envolvido. A corporação informou que abriu um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias da morte do jovem. Além disso, foi anunciado que Santos será afastado das funções operacionais enquanto as investigações estiverem em andamento.
Um detalhe relevante que surge no caso é o histórico psicológico do policial. Após ser reprovado em um concurso público, Santos passou por um período de tratamento psicológico. A natureza do tratamento e seu impacto na conduta do PM ainda são pontos a serem esclarecidos pela investigação. A SSP-SP não forneceu mais detalhes sobre o tratamento psicológico, alegando sigilo profissional.
A morte do jovem causou indignação entre moradores da região e reacendeu o debate sobre o uso da força letal por agentes de segurança pública. A família da vítima ainda não se manifestou publicamente sobre o caso. A Polícia Civil, por meio do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), também investiga o caso e busca esclarecer todos os detalhes que levaram à execução do jovem.
A prisão de Santos e a abertura dos inquéritos policiais marcam o início das investigações oficiais. A expectativa é que as apurações, tanto pela Polícia Militar quanto pela Polícia Civil, esclareçam completamente as circunstâncias do crime, a motivação do policial e as possíveis falhas no sistema que permitiram que um indivíduo com histórico de tratamento psicológico estivesse em atividade operacional. A população aguarda ansiosamente por respostas e espera que a justiça seja feita.