PM que executou homem negro em frente a mercado foi reprovado em exame psicológico por descontrole emocional
São Paulo, 4 de dezembro de 2024 – Um policial militar que executou um homem negro em frente a um mercado na capital paulista foi reprovado em exame psicológico por apresentar descontrole emocional. A informação foi confirmada pela Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) nesta quarta-feira. O caso ocorreu no dia 29 de novembro, na região do Pari.
De acordo com a PM-SP, o policial, que não teve o nome divulgado, estava em um grupo de policiais que realizava uma operação na região quando abordou a vítima, identificada como um homem negro ainda não identificado oficialmente. Durante a abordagem, houve um confronto e o policial efetuou disparos, resultando na morte do homem. A PM-SP afirma que o policial alegou ter se sentido ameaçado, porém, investigações internas estão em andamento para apurar as circunstâncias do ocorrido. Imagens de câmeras de segurança, que circulam nas redes sociais, mostram a abordagem, a troca de palavras e os disparos feitos pelo policial. As imagens estão sendo analisadas pela Corregedoria da Polícia Militar.
O detalhe preocupante, que veio à tona hoje, é a reprovação do PM em exame psicológico devido a problemas de descontrole emocional. A PM-SP não especificou a data do exame, nem o tipo de teste aplicado, mas confirmou que essa informação consta no prontuário do policial. A corporação informou ainda que o policial foi afastado das ruas e está à disposição da Corregedoria para os procedimentos administrativos e internos. A investigação também apura se houve ou não abuso de poder.
A família da vítima ainda não foi oficialmente notificada. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) também se manifestou sobre o caso, informando que acompanhará as investigações da Polícia Militar e da Corregedoria. O caso gerou indignação nas redes sociais, com diversas manifestações sobre brutalidade policial e racismo estrutural.
A morte do homem negro em frente ao mercado no Pari levanta sérias questões sobre o treinamento, a avaliação psicológica e o acompanhamento de policiais militares, especialmente diante da existência de registros de problemas de descontrole emocional por parte do agente envolvido. A transparência das investigações e a punição justa dos responsáveis são cruciais para a manutenção da confiança na instituição policial e para evitar que casos como este se repitam. A população aguarda o resultado das investigações e medidas concretas para garantir justiça e prevenir novas tragédias.