PM que arremessou entregador de ponte na Zona Sul de SP matou homem com 12 tiros em caso arquivado pela Justiça



São Paulo, 4 de dezembro de 2024 – Um policial militar que em 2022 protagonizou um ato de violência ao arremessar um entregador de uma ponte na Zona Sul de São Paulo teve um caso anterior de homicídio arquivado pela Justiça. O crime, ocorrido em 2013, envolveu a morte de um homem com 12 tiros. A informação veio à tona após a repercussão do vídeo que mostra o policial agredindo o entregador.

O caso do homicídio, ocorrido em Osasco, na Grande São Paulo, foi arquivado em 2016. Segundo informações da defesa do policial, o arquivamento se deu por falta de provas. O Ministério Público havia pedido o arquivamento do caso. A vítima, que não teve o nome divulgado, foi morta com doze disparos de arma de fogo. O policial alegou legítima defesa, versão aceita pela Justiça à época.

A revelação deste caso anterior gerou grande indignação pública, especialmente considerando o recente ato de violência praticado pelo PM contra o entregador. O vídeo do ocorrido na ponte rapidamente viralizou nas redes sociais, mostrando o policial empurrando o trabalhador, que caiu de uma altura considerável, sofrendo ferimentos. Apesar do impacto da queda, a vítima sobreviveu, mas o episódio reacendeu o debate sobre a violência policial no estado de São Paulo.

A Polícia Militar de São Paulo abriu uma investigação interna para apurar o comportamento do policial tanto no episódio de 2022, quanto em relação ao caso de homicídio em 2013. A corporação ainda não se manifestou oficialmente sobre o arquivamento do caso antigo, mas já anunciou medidas disciplinares em relação ao ocorrido na ponte.

O caso levanta sérias questões sobre a eficácia dos processos de investigação e responsabilização de policiais envolvidos em crimes, e ressalta a necessidade de maior transparência e rigor na apuração de denúncias de abuso de autoridade. A repercussão do caso promete manter a pressão sobre as autoridades para que sejam tomadas medidas efetivas que garantam a segurança da população e a responsabilização de agentes públicos que cometam atos de violência.

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