PM dá chutes em homem rendido no chão em Paraisópolis, na Zona Sul de SP; ‘vou matar todo mundo’, diz outro policial
PM dá chutes em homem rendido no chão em Paraisópolis; vídeo mostra agente dizendo “vou matar todo mundo”
São Paulo, 18 de dezembro de 2024 – Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um policial militar dando chutes em um homem já rendido no chão, em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. As imagens, gravadas por testemunhas, mostram o momento da abordagem policial e geraram indignação nas redes sociais. Além da agressão física, o vídeo também registra o policial dizendo a frase: “Vou matar todo mundo”.
O caso ocorreu na noite de terça-feira (17), em Paraisópolis. Nas imagens, é possível ver o homem deitado no chão, aparentemente sem oferecer resistência, enquanto o policial militar o agride com chutes. Outros policiais militares estão presentes na cena, mas não intervêm na ação do colega. A vítima, que não teve sua identidade revelada pela reportagem, aparenta estar desarmada. A gravidade dos ferimentos sofridos pelo homem ainda não foi divulgada oficialmente.
Após a divulgação do vídeo, a Polícia Militar do Estado de São Paulo se pronunciou por meio de nota. A corporação informou que instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias do ocorrido e identificar os policiais envolvidos. A nota afirma que o IPM vai apurar a conduta do policial que aparece agredindo o homem e os demais policiais presentes na ocorrência. A PM ressaltou seu compromisso com o respeito aos direitos humanos e que os envolvidos serão responsabilizados caso haja comprovação de irregularidades.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) também se manifestou sobre o caso. A pasta informou que acompanha as investigações e que tomará as medidas cabíveis após a conclusão do IPM. A SSP-SP reforçou a importância da apuração rigorosa dos fatos para garantir que os responsáveis sejam punidos.
O vídeo gerou intensa repercussão nas redes sociais, com diversos internautas condenando a atitude do policial militar. Usuários pedem por justiça e responsabilização do agente pelas agressões. Organizações de direitos humanos também se manifestaram, cobrando transparência e celeridade nas investigações. A investigação deve determinar se a agressão configura crime e se os policiais envolvidos serão punidos. O caso permanece sob investigação.