PF indicia ‘Colômbia’ como mandante das mortes de Bruno e Dom e encaminha relatório à Justiça
PF indica Colômbia como mandante da morte de Bruno e Dom e encaminha relatório ao MPF
A Polícia Federal (PF) indicou a Colômbia como mandante da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, assassinados em junho de 2022 no Vale do Javari, no Amazonas. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4), após a PF concluir o inquérito e encaminhar um relatório ao Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com a PF, as investigações apontam para um grupo de caçadores ilegais, conhecido como “”, como autor direto dos assassinatos. Esse grupo seria comandado por um traficante colombiano que estaria por trás da organização criminosa que atua na região, explorando madeira, caçando animais silvestres e traficando drogas.
Ainda segundo a PF, o grupo teria agido por vingança contra Bruno e Dom, após eles denunciarem atividades ilegais na região e ameaçar ações contra os criminosos.
O relatório da PF destaca a atuação de Amarildo Oliveira da Costa, apontado como líder do grupo e o principal executor dos crimes, e de outros quatro suspeitos, todos presos preventivamente em 2022. As investigações também indicam que a organização criminosa conta com forte estrutura e logística, incluindo acesso a armas de fogo de alto calibre e lanchas motorizadas.
O MPF, agora, irá analisar o relatório da PF e decidir quais medidas serão tomadas. As investigações do caso seguem em curso. A PF informa que o relatório detalhado com as informações sobre a investigação será entregue ao MPF em breve, mas não divulgou a data.
Repercussão e impacto da investigação
A investigação sobre a morte de Bruno e Dom gerou grande repercussão nacional e internacional. O caso chamou a atenção para a violência contra os povos indígenas e a necessidade de proteção ambiental na Amazônia.
A família de Bruno e Dom se manifestou sobre a indicação da Colômbia como mandante do crime, expressando esperança de que a investigação traga justiça para os dois e sirva como alerta para a proteção dos defensores da floresta amazônica.
A conclusão da PF representa um passo importante no esclarecimento do caso, mas ainda há muitos detalhes a serem investigados e esclarecidos, como a estrutura da organização criminosa e a participação de outros indivíduos no crime. A investigação continua e o MPF terá um papel crucial na definição das próximas ações.