PF diz que Braga Netto forneceu dinheiro a kids pretos em sacolas de vinho



Braga Netto entregou dinheiro em sacolas de vinho para a campanha de Kids Pretos, diz PF

– A Polícia Federal afirma que o ex-ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira Braga Netto, entregou dinheiro em espécie para a campanha do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conhecido como “Kids Pretos”, em sacolas de vinho. A informação consta no relatório final da investigação da PF sobre supostas irregularidades na campanha de Bolsonaro nas eleições de 2022, entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira. O documento detalha a movimentação financeira da campanha, apontando para a entrega de valores em espécie, prática proibida pela legislação eleitoral.

O relatório da PF detalha o modus operandi utilizado por Braga Netto para repassar os recursos financeiros. Segundo a investigação, o dinheiro, cuja quantia não foi especificada no relatório acessível ao público, era transportado em sacolas de vinho para evitar a detecção pelas autoridades. A PF não detalhou em seu relatório o conteúdo exato das sacolas ou se havia algum tipo de registro ou comprovação da origem dos recursos. A investigação destaca que a entrega do dinheiro em espécie configura uma irregularidade grave, violando a legislação eleitoral brasileira que visa transparência e controle sobre o financiamento de campanhas políticas.

A entrega do dinheiro ocorreu, de acordo com a PF, sem nenhum tipo de recibo ou comprovante formal, tornando ainda mais complexa a tarefa de rastrear a origem dos recursos e sua utilização na campanha. Este fato reforça as preocupações sobre a falta de transparência e o possível uso de recursos ilícitos na campanha. A investigação ainda não concluiu se houve crimes eleitorais relacionados ao episódio.

O relatório da PF será analisado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) responsável pelo caso. Cabe ao ministro decidir se aceita ou rejeita as conclusões da investigação e se abre ou não um processo formal contra Braga Netto e/ou Eduardo Bolsonaro. A falta de transparência nas doações e a utilização de métodos ocultos para o repasse de recursos configuram um grave atentado à legislação eleitoral e causam preocupação sobre a probidade na política brasileira. As próximas etapas do processo serão decisivas para determinar a responsabilização dos envolvidos e esclarecer completamente os fatos. A falta de detalhes sobre a quantia envolvida deixa margem para futuras investigações e aprofundamento das apurações.

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