PF apura esquema de fraudes na fila do Sisreg em Queimados



Polícia Federal investiga esquema de fraudes no Sisreg em Queimados

Queimados, RJ – 20 de janeiro de 2025 – A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira uma operação para investigar um esquema de fraudes no Sistema de Registro de Ocorrências (Sisreg) em Queimados, na Baixada Fluminense. A ação, batizada de “Operação Infiltração”, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, sendo oito em Queimados e três no Rio de Janeiro. A investigação apura a inserção de dados falsos no sistema para beneficiar criminosos, com o objetivo de favorecer a liberação de pessoas presas e adulterar investigações policiais.

De acordo com a PF, o esquema consistia na inserção de informações falsas nos registros de ocorrências, como a alteração de datas, locais e descrições de crimes, além da inclusão de nomes de pessoas inexistentes. A investigação identificou que servidores públicos municipais estariam envolvidos na fraude, utilizando seus acessos privilegiados ao Sisreg para manipular dados em troca de propina. Os valores recebidos pelos envolvidos ainda não foram totalmente quantificados pela investigação, mas a PF estima que um alto percentual das ocorrências registradas na região nos últimos meses podem ter sido adulteradas, comprometendo a confiabilidade das informações.

A operação teve como base investigações que começaram há seis meses, quando a PF detectou inconsistências nos dados do Sisreg de Queimados. Foram analisadas diversas ocorrências suspeitas, cruzando informações com outras bases de dados e realizando monitoramento de comunicações. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Queimados. Entre os materiais apreendidos estão computadores, celulares, documentos e mídias de armazenamento.

As investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos e desvendar a extensão da fraude. A Polícia Federal ressalta a gravidade dos crimes investigados, que prejudicam a segurança pública e a justiça. Os suspeitos responderão por crimes como inserção de dados falsos em sistema de informática, corrupção passiva e organização criminosa, podendo ser punidos com penas de prisão e multas. A PF ainda não divulgou os nomes dos suspeitos ou seus cargos, mas afirma que as investigações seguirão para identificar e responsabilizar todos os envolvidos neste esquema criminoso. A expectativa é que novas fases da operação sejam realizadas nas próximas semanas.

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